quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Retrospectiva.

Ah, eu nem acredito que já chegou a hora de me despedir de 2009. Poxa, esse ano vai realmente deixar muitas saudades. Muitas mesmo. Foi sem dúvidas um dos melhores anos da minha vida, por mais comum e clichê que seja dizer isso... mas é a verdade. Foi um ano em que palavras como união, amizade e amor me mostraram seus reais significados. Foi um ano em que eu aproveitei tudo ao máximo, pela primeira vez na minha vida. Foi quando eu aprendi que dizer adeus pode doer, e muito... foi quando eu aprendi a valorizar minhas amizades. E quando eu digo isso, eu me refiro a todas as amizades sinceras que eu tive até hoje... tanto as mais antigas, quanto as mais recentes. Aliás, foi um ano em que choramos sangue para nos despedirmos (por nós, enteda-se galera do Vita) após 8 anos de convivência e de uma longa história vivida e construída. Foi um ano em que eu me entreguei aos meus sentimentos, tanto os que eu já tinha, quanto os novos sentimentos que eu descobri. Por falar nisso, 2009 também foi um ano em que eu amadureci, cresci muito... nas questões pessoais, na forma de controlar minhas emoções, na maneira de pensar, e etc. Ganhei vários novos amigos, que me fizeram desfrutar de mometos únicos e com toda certeza, memoráveis. Ganhei irmazinhas e irmazinhos... Me afastei de muita gente que eu no fundo me faz falta... Curti minha família da melhor maneira que eu pude, mesmo que não tenha sido completamente do jeito que eu esperava. Viagens como a Disney e o NR me proporcionaram momentos inigualáveis, de memórias tão gostosas, tão doces e divertidas, que já me deixam com o coração apertado só de lembrar o quanto já estou distante delas. Vejo as fotos, os vídeos, as recordações que eu trouxe dos lugares, e muitas vezes sou consumida por uma vontade imensa de fechar os olhos, respirar fundo, e voltar no tempo... só pra viver mais uma vez cada um daqueles momentos. Ah.. saudade. Definitivamente essa é mais uma palavra das quais eu aprendi o real significado esse ano. Senti na pele como é ter o coração apertado, a garganta estourando, e um desejo quase inconsciente de ver alguém, de ter alguém, de reviver. Esse ano também, eu aprendi a sofrer. Da minha maneira, mas aprendi. Vi como é derramar lágrimas e mais lágrimas por um único alguém, vi como é sofrer de amor, de ansiedade, de vontade. Aprendi a ouvir mais, a entender mais, a compreender. Aprendi o quanto algumas pessoas são capazes de me trazer paz. Carinho. Ternura. Aprendi o quanto é bom se sentir perdida, só pra receber mimos e abraços dessas pessoas. Aprendi que muitas vezes, o calor de um abraço é suficiente pra encobrir quaisquer palavras que não foram ditas.. que muitas vezes, só o gesto de abraçar forte, em silêncio, pode significar bem mais do que centenas de palavras jogadas no ar. Ah, aprendi também a prestar mais atenção com quem realmente se importa comigo, e com isso, comecei a dar os valores certos pra quem merece. Por isso, mas uma vez eu digo que eu aprendi a entregar meu sentimentos. Bom, eu só tenho que agradecer a todos que fizeram parte do meu 2009, tanto aos que marcaram de forma digna, quanto aos que só vieram de passagem.. a todos que me proporcionaram sorrisos, alegrias, e até a aqueles que me levaram as lágrimas e decepções. Tenho que agradecer aos meus pais, por mais uma vez terem lutado comigo e por estarem sempre me mostrando o quanto é recompensante batalhar, lutar e suar até a última gota, até o final. Agradecer por terem feito de tudo por mim, por terem recheado e realizado meus sonhos. Obrigada amiguinhos HAHA, obrigada família, obrigada 2009!


"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar." Ruben Neruda.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

can u see how things change?

Dizem que construímos sentimentos com o tempo, e que talvez, devemos aprender a amar aquilo que nos convém. É aí que você se encaixa. Nesses últimos dias eu tenho aprendido muito contigo, e o principal de tudo, é que eu estou aprendendo a gostar de você. Bem assim, do seu jeito, sem tirar nem por, aprendendo a gostar de você por completo, por cada simples detalhe que faz de você essa pessoa tão linda. Vivendo um dia de cada vez, mesmo que a passos pequenos, eu sei que nós ainda temos muita coisa pela frente. Agora eu sei o quanto eu quero viver e dividir tudo com você. Sei o quanto você se importa comigo, e que talvez, seja a pessoa que mais se preocupa com o meu bem estar. Sei que muitas vezes eu não sou a pessoa mais legal do mundo, mas você está sempre tão disposto a me mimar, a ouvir minhas constantes reclamações, a rir de mim e de todas as vezes que eu não entendo o que você quer dizer... sempre disposto a me dar aquele abraço reconfortante que faz com que me sinta única. Única e amada, de certa forma. Obrigada por me aturar e por gostar de mim, mesmo com todos os meus problemas, complexos e afins. Eu te amo.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Presentes reais.

Talvez com o tempo eu tenha aprendido que o que torna um Natal realmente memorável não é a quantidade/qualidade de presentes ganhos, e sim, a presença de pessoas essenciais, e os presentes sem valor material adquiridos ao decorrer do ano, tais como amizades construídas e mantidas, realizações de sonhos, conquistas e etc. E foi exatamente assim que eu medi meu Natal deste ano de 2009. Eu sabia que nenhum presente caro iria chamar minha atenção, desde que eu pensasse em tudo que eu tive de bom até hoje. Pensei na minha saúde, na minha família, em todos os meus amigos que com toda a certeza do mundo fizeram a diferença para mim, pensei nas minhas viagens, nos meus 15 anos, na galera do Vita que foi tão difícil dizer adeus.. pensei nele. Pensei em tudo que de alguma forma estivesse ligado aos meus sentimentos e emoções mais sinceros. Mesmo que nenhuma das pessoas que eu classifico como essenciais leiam isto, eu gostaria de agradecê-los por terem sido meus reais e verdadeiros presentes de Natal. Eu amo vocês.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

jealousy.

Sabe, é tão estranho. Quando eu faço as minhas próprias escolhas e penso que assim as coisas vão ficar bem, eu me deparo com mais problemas a minha frente. Problemas, que na verdade, são nada mais do que as consequências das minhas escolhas. Penso no melhor pra mim, e num primeiro momento isso me faz sorrir, faz com que eu me sinta bem... até que, o sorriso se dissolve em frustração. Seria tão mais fácil se eu conseguisse me entender, se eu pudesse saber onde meu coração deseja estar. Sei que agora eu não posso culpar ninguém. Acho que nem a mim mesma. Não vou me punir por terme priorizado. Mas... agora eu percebo as consequências que antes que eram apenas pensamentos difusos. Sim. eu tenho ciúmes.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Christmas is coming.

Último mês do ano. É, o tempo tem voado, ao menos para mim. E é agora que as casas, lojas e ruas começam a se encher de cores natalinas: vermelho, verde e dourado se sobressaltam por onde quer que olhemos, luzes piscam, papai noeis acenam, cantam, dançam... Por mais que esteja um pouco tarde para acreditar na existência do Bom Velhinho, eu não consigo fingir que a magia do Natal não tem mais influência sobre mim. Eu simplesmente adoro a forma como as pessoas se confraternizam ao menos nesta data, adoro ver como famílias se unem e tradições são mantidas. Só me instiga o fato de alguns laços e uniões só aparecerem nessas épocas, mas afinal, eles aparecem; e tavez essa seja a influência do Natal na maioria das pessoas... fazer com que a magia do mesmo as envolva e as façam rever conceitos de união, de próximo. É época para fazer doações, promessas. Filmes como "O Expresso Polar" são dígnos para fazerem até mesmo os adultos voltarem a acreditar nessa magia! Aqui em casa o Natal nunca foi posto num pedestal tão alto, mesmo porque, meu pai gosta mesmo é de festas e sempre valorizou mais o Reveillón; eu só fui ganhar essa percepção diferente pelos meus tios, que sempre realizam a ceia de Natal na casa deles e transmitem um pouco disso para quem vai lá... Acho que um ano sem essa comemoração com data marcada, não seria um ano completo. Não sei, talvez eu tenha me acostumado e aprendido a gostar. Só sei que independente de a árvore estar repleta de presentes ou não, o Natal me traz muito paz. hihi

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Time to say goodbye.

Meus olhos enchem de lágrimas só de pensar que amanhã tudo acaba. Depois de oito anos vivenciando da mesma rotina, vendo as mesmas pessoas. Essas mesmas pessoas, que aliás, se tornaram parte de mim, uma parte tão importante que se tornou essêncial ter a presença delas comigo, se tornaram minha segunda família, meu alicerce, minha base. E agora é tão estranho parar pra pensar que cada um vai tomar um caminho diferente, sair com outras pessoas... cada um vai tomando sua própria direção.
Apesar de nem todos os dias terem sido de sol, eu diria que as tempestades por mais que parecessem absurdas quando aconteceram, hoje eu vejo todos os problemas como pequenos chuviscos. E até dos professores eu vou sentir falta. Da nossa liberdade, intimidade, proximidade. Do clima de família, de união que nós aprendemos a ter desde pequenos.
Eu sei que cada um dali me ensinou alguma coisa diferente, me mostrou novos jeitos de ver a vida, de ver as coisas ao nosso redor. Cada sorriso, cada abraço, cada conversa jogada fora... Vou levar tudo comigo! Essas sim são lembranças que o tempo não pode mudar.
Vida e Paz. É. Foi bem isso que eu vivi durante esse tempo. E por mais que eu fique feliz por ter terminado mais um ciclo, eu não consigo evitar que meu coração se aperte e essa nostalgia me invada.
Independente de qualquer coisa, eu sei o quanto eu amei vocês. O quanto eu amei ter feito parte dessa história. Obrigada por tudo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Paper Heart.

É. Enquanto alguns vivem sentimentos vindos de um coração de pedra e outros de um coração 'mole', o meu seria um coração de papel. Sim. De Papel. Afinal, quantas já não foram as vezes em que eu o apaguei e o reescrevi? Quantas vezes ele já não fora amassado e desamassado? Reciclado e renovado? Um coração feito de algumas linhas escritas a traços leves, fracos, de modo que seu conteúdo, mas precisamente, as pessoas representadas por eles, sejam levadas e afastadas. Outras linhas são escritas a traços bem fortes, nítidos, representando as pessoas inesquecíveis, que dificilmente serão apagadas por qualquer que seja a situação, e os clássicos imprevistos como tempo e distância. Representam as pessoas que marcaram esse papel de um modo tão profundo, que ao menos seus vestígios permanecerão por ali, de um jeito ou de outro. E há também as linhas em branco, aguardando para serem preenchidas. Aguardando para serem parte dos traços leves, ou dos traços fortes. Mas isso, só será ditado pelo destino e seus caminhos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

good dilers?

Hoje eu estava assistindo ao Conexões Urbanas, um programa do Multishow que trata de assuntos relacionados a problemas sociais urbanos no geral. O tema do programa de hoje era sobre bandidos envolvidos no tráfico de drogas. Foram entrevistados bandidos de diferentes favelas e morros, e as respostas da maioria deles mexeu muito comigo.
Eles diziam ter consciência de que o que fazem é mesmo errado, porém, eles não tem outra opção. Que se são o que são hoje, é em grande parte a sociedade que os deixa esquecidos. É por não terem estudo, condições de vida, família estruturada, e coisas do tipo. Vários deles tinham sonhos antes de entrar no crime, sonhos de trabalharem em alguma coisa que pudessem chamar honestamente de “trabalho”, mas foram vários os problemas que fizeram com que eles fossem levados para esse lado errado, por assim dizer. Me impressionou vê-los dizendo que essa vida que eles levam, é totalmente o oposto do que querem para os próprios filhos. Um dos bandidos inclusive, se emocionou durante a entrevista, e mesmo sendo o trabalho dele vender drogas, este fez um apelo aos jovens para que não se envolvessem com essas coisas, que é o pior que alguém pode querer pra sua vida, disse que escutasse seus pais e mães, que esses sim são os que querem o seu bem e sabem o que dizem. E que seu maior sonho, é poder um dia levar e buscar seus filhos no colégio! Que o que mais quer, é sossego e paz... Mas é muito contraditório pensar que um bandido almeja paz, sendo que seus atos o levam para um caminho totalmente contrário.
Sobre as crianças da favela, eles disseram que acabam se tornando uma influência para elas, um exemplo a ser seguido. Mas que eles tentam se desvencilhar disso, não querem ser vistos como heróis pelo que fazem. E disseram que os jovens do morro acabam gostando tanto deles por se espelharem no que está mais próximo. Sendo assim, eles começam a querer seguir os passos dos traficantes próximos a eles.
Falaram também sobre as pessoas que os inspiram. Curioso que um grupo revelou se inspirar no Che. Che Guevara uma inspiração para traficantes de drogas? Disseram que é pelo fato de Che ter sido um revolucionário, e eles consideram seus trabalhos na comunidade, ajudando o povo do morro e se posicionando contra aquilo que eles vêem de errado – como a postura da sociedade e da policia, por exemplo – como uma revolução.
Disseram que a troca de tiros com os policiais acaba sendo um desabafo para eles. Um desabafo para mostrar a força que eles têm. Que cada tiro dado, é como se fosse um palavra dita, cada bala saindo de suas armas é como se fosse uma vingança por amigos que já morreram na mão dos “alemães”, pelas desavenças e agressões causadas pelos mesmos.
Sabe, é triste ver essa realidade. Pensar que todo esse conflito acontece aqui, tão perto. Pensar que esses problemas não começaram recentemente, e que muito pelo contrário, o tráfico de drogas nas favelas vem acontecendo há a anos, e ainda não houve força grande o suficiente para acabar com ele. É triste pensar que bandidos como esses da reportagem, cederam ao “mal” por falta de opção, por não tem saída para um futuro melhor. E sendo assim, fica fácil de entender o porquê de tanto ódio, tanto revolta com a sociedade. Afinal, eles estão lá precisando de ajuda, de alguém que olhe por eles e faça alguma coisa, alguém que lhes dê comida, saúde, educação e a garantia de um futuro melhor. Alguém que saia das promessas e finalmente as cumpra. Alguém que de uma vez por todas tome suas dores e comece a ajudá-los a serem cidadãos com uma vida normal, com direitos e deveres. Mas onde está esse alguém? Já que na sociedade individualista de hoje ninguém para para cuidar de quaisquer outros problemas que não sejam os seus próprios? Sem resposta.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Choices and paths.

Acabo me sentindo perdida quando vejo a vida levando pessoas com quem eu me importo para longe de mim. Mas talvez culpar a vida seja apenas uma fácil maneira de não listar e encarar os reais problemas pelos quais essas pessoas (essa, pra ser mais exata) tem ido embora.
Em um contexto onde suas escolhas podem significar tudo, não deveria mais ser tão assustador ter que se deparar com as consequências das mesmas. E dói saber que nada do que eu faça pode ajudar a mudar o seu caminho e que do nada do que eu fale poderá fazê-la ouvir e entender, e muito menos tirá-la dessa. É como se ela estivesse sozinha no mundo, não por falta de ajuda ou por não ter ninguém por perto, mas por renegar a todos que estiveram dispostos a ficar do seu lado. Por não ser capaz de dar valor aos que se sacrificaram por ela, e jogar pela janela todos os anos de luta e convivência. É, são escolhas...
Dói mais ainda saber que seu caminho não tem mais volta e que desperdiçar um futuro dessa forma é ignorância. Aliás, foi ignorância aliada a imaturidade e irresponsabilidade que te levaram até aí. Mas nunca coube a mim apontar os seus erros e defeitos, mas acho que em primeiro lugar você deveria pensar no melhor pra você. Mas tá, eu só queria que você de alguma forma soubesse que cada uma das suas "partidas" me arrasa de um jeito diferente; e apesar dos nossos problemas, você sempre me faz muita falta e me deixa morrendo de saudades. Eu realmente espero poder te receber de volta, mais uma vez.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Nosso Recanto.

NR foi muito bom. esses 4 dias estão entre os melhores que eu já passei com vocês. Oito anos juntos, oito anos esperando por essa viagem. E a gente tem tanta coisa pra contar, as festas, os almoços e jantares, o grupo falido, andar de caiaque com a marina procurando o fotógrafo e quase caindo no lago; ficarmos todas vermelhas e ardendo; rir muito e de tudo; conhecer pessoas novas; se acabar nas festas; aproveitar os momentos com a galera da escola; correr dos patos; se sujar de lama; gritar/cantar até ficar sem voz; micareta; ser picada por abelhas; arrumar par na última hora pra noite de gala; e o melhor: final da festa de gala, o vídeo de encerramento passando e as primeiras lágrimas brotando. Todo mundo se abraçando e segurando a emoção. E no fogo de conselho a galera se derretendo aos prantos ao ouvir as coisas sobre separação e despedida. Todo mundo se desculpando e se acertando apesar de todos os errinhos e brigas idiotas. Os abraços apertados, as palavras sinceras, foi tudo lindo. Ver os nossos meninos não resistirem e chorarem junto com a gente não teve preço. E entregar um pedacinho de algodão representando o nosso 'carinho' em nome de todos foi muito lindo também; enquanto isso o pessoal das outras escolas olhando pra gente estranhando tudo aquilo, acho que o nosso clima de união sempre foi muito grande e talvez a nossa história seja mais forte... já que crescer com cada um ali trouxe uma proximidade muito grande pra todos; e eu tenho o maior orgulho em dizer o quanto vocês foram/são importantes na minha vida, o maior orgulho em dizer que foi com vocês que eu cresci e passei os melhores anos da minha vida. São sem dúvidas a minha segunda família. E eu vou levar um pedaço, uma lembrança de cada um comigo aonde quer eu vá.
Enfim, OBRIGADA por tudo. Não só por essa viagem, mas por todos esses anos juntos. Vocês são meu alicerce, minha base, meu tudo. E eu amo vocês demais, chega a ser absurdo. E isso sim, eu sei que é pra sempre. Isso ninguém tira de mim.

sábado, 17 de outubro de 2009

Starting to say goodbye.

Praticamente oito anos esperando por essa viagem de formatura, e já é amanhã. Mesmo com os pequenos problemas causados pela pandemia da gripe suína, mesmo com a viagem sendo quase cancelada e depois adiada, mesmo com um dia a menos do que o planejado, mesmo com todos os poréns minha expectativa nunca diminuiu. E agora eu sei que vai ser difícil pegar no sono com tanta ansiedade. Serão apenas quatro dias mas que eu farei o máximo para que tudo seja aproveitado da melhor forma possível, já que depois disso, todos seguirão caminhos diferentes, começarão a traçar novas metas e nossos momentos - como o NR - ficarão apenas nas recordações mais carinhosas. Até o final desse ano eu faço um texto decente agradecendo tudo e todos por esses oito anos... mas como ainda tem o nosso churrasco, alguns trotes, colação de grau e formatura, eu vou esperar um pouco mais.
Enfim, tudo isso foi pra dizer que eu estou indo viajar com a escola, que eu estou absurdamente ansiosa e que eu espero que dê tudo certo. Que nenhum imprevisto nos pegue de surpresa e que a união prevaleça. Tudo muito clichê, mas é verdadeiro.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sem título, por enquanto II.

Segunda parte.

O sol começava a entrar pelas frestas abertas da janela do meu quarto. Eu queria me levantar e fechar a cortina, mas meu corpo inteiro doía. Não era capaz de esticar nem os dedos do meu pé; parecia que alguém havia me amarrado na linha do trem e que ele havia passado por cima de mim com toda a carga e velocidade possíveis. Minha cabeça doía tanto que eu mal conseguia abrir meus olhos. Então não fiz mais menção de abri-los, puxei a coberta até a testa, virei pro lado e ERGH. Agora meu corpo quebrado doía duas, três vezes mais do que antes. Só alguém tão inteligente quanto eu para pensar em me virar pro lado, quando até abrir os olhos doía. Parabéns pra mim, parabéns pra mim, parabéns pra mim, fiquei repetindo em pensando até que eu cochilei novamente. Aliás, acho que cochilar é uma palavra fraca demais, já que quando eu consegui acordar, o céu lá fora estava escuro e eu conseguia ouvir as buzinas dos carros e o acelerar das motos. Provavelmente, as pessoas estavam começando a sair de suas casas agora, para mais uma grande night na grande Floripa.
Agora meu corpo já não doía tanto. Sentei-me na cama, joguei as cobertas pro lado e me espreguicei. Meus olhos encontraram o relógio no criado-mudo que marcava 22:22. Coincidência? Eu ainda teria tempo de fazer um ‘make-a-wish’. Pensei, pensei, pensei e ‘done’. Levantei e quando dei meu primeiro passo, ERGH, senti meu corpo todo dolorido de novo. Depois de tomar tanta chuva na véspera, eu havia prometido a mim mesma que nunca mais sairia de casa sem um guarda-chuva.
Parecendo uma velha dependente de bengalas, andando sem bengalas, eu consegui chegar até a sala. Sentei no sofá e por pouco não desabei de novo. Só não o fiz porque o barulho que vinha do meu estômago era alto demais e com certeza atrapalharia meu sono. De novo me esforcei para ficar de pé, e fui até a cozinha. Abri a geladeira e logo percebi que eu só tinha uma garrafa de água quase vazia, um pacote de bolachas recheadas pela metade e uma garrafa de refrigerante que provavelmente já não tinha gás nenhum. Bufando de raiva, comecei a revirar a cozinha até que achei um pacote de miojo. Não era exatamente o que eu esperava comer agora, mas pelo menos, era melhor do que ter que sair de casa e ir fazer compras. Só a idéia já fazia meus músculos latejarem bruscamente. Assim que o macarrão instantâneo ficou pronto, coloquei meu prato em cima de uma almofada, sentei no sofá e comecei a devorar tudo; o gosto não estava dos melhores, afinal minha pressa foi tão grande que deixou a comida semi crua, mas a fome era tão grande que eu nem me importava. Não fiz as contas, mas aparentemente em três minutos eu acabei com a panela inteira. Deixei o prato de lado e liguei a TV.
Fiquei mudando os canais até achar um filme que parecia ser legal. Fui assistindo e me distraindo até que as cenas começaram a virar um romance meloso e piegas, e que, inevitavelmente me fez lembrar do que estava tentando reprimir durante essas 24 horas de sono profundo.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Olimpíadas Rio-2016




Vamos lá, tratar de um assunto que tem sido muito comentado e foi parar no Trending Topics milhares de vezes - não que isso tenha muito fundamento, mas enfim.
Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, representando o Brasil e sediando os jogos olímpicos de 2016. E assim como a notícia de que vamos sediar a copa do mundo em 2014, eu fico feliz como cidadã brasileira, mas não que eu seja completamente patriota e apaixonada pela nação. Mas ao mesmo tempo que eu vejo essas notícias contente pelo nosso Brasil, eu penso em tudo que a nossa população passa diariamente e pesando os argumentos, concluo que temos muito mais com que nos preocupar.
Explicando, em um país onde 10% da população é anafalbeta e 30% são considerados alfabetizados por saberem no mínimo assinarem seus nomes, um país onde os investimentos na educação quase não são percebidos, onde o Governo mostra não se interessar pelo futuro, já que ele se encontra principalmente pela educação, e aqui, ela está cada vez mais decante, isso pra não dizer que está esquecida.
Um país onde falta muito pela saúde da população, sendo que os postos públicos não contam com profissionais de qualidade (isso quando TEM profissionais trabalhando por lá.) e os pacientes são obrigados a enfrentarem horas em filas para serem - ou não - atendidos, e mesmo assim, a consulta deixa a desejar. Muitos são os que morrem nas filas ou vêem seus casos se agravarem devido a cansável espera.
Um país onde a violência, tráfico de drogas, assassinatos, crimes, roubos são mostrados diariamente nos telejornais. Que ainda não consegue ver o fim de luta contra a violência nas ruas, já que até mesmo os policias de hoje em dia estão muitas vezes agregados aos próprios infratores da lei.
Com dados básicos e de conhecimento simples, é possível perceber - ao menos do meu ponto de vista - que enquanto temos tantas batalhas pela frente deveríamos nos preocupar primeiramente em vencê-las, e depois em sediar eventos de grande porte, tais como Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016).
É certo que o Brasil está em um bom momento de estabilidade econômica e que isso trouxe vantagens para que fôssemos escolhidos, mas então, se estamos tão estáveis economicamente, por que não revertemos todo esse 'sucesso econômico' para os nossos compatriotas que aqui não tem onde morar, não tem o que comer, não tem acesso à educação, tampouco à saúde e empregos? Uhul Brasil. Olimpíadas nos aguardam, heim. Qual é ¬¬

(ps.: Sei de alguém que vai querer me matar quando ler isso, né dona Anita Yumi. HAHAHA. Não fique brava comigo :x)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Triste setembro?

Nunca entendi o porquê dessa abordagem em volta do mês de setembro. Há várias canções falando dele, como por exemplo, Wake Me Up When September Ends do Green Day, em que Billie lamenta a perda do pai, que morreu justamente nesse mês. Em A Lonely September do Plain White T's, o próprio título da música justifica seu conteúdo, que retrata a solidão de um homem, sem a mulher que ele ama, durante o mês de Setembro. Mariana's Trench também tem uma música citando esse mês, com o título de September onde também não fala de nenhuma grande comemoração no mês. E tem também Setembro da nacional Hevo84, que retrata solidão e ausência em um contexto de desilusão amorosa.
Pra mim sempre foi muito estranho ouvir essas canções depressivas falando de um mês que pra mim é o mais esperado do ano. Sempre foi. Afinal, é o mês do meu aniversário; e nele ocorre a troca de estações entre o delicioso inverno - tudo bem que o inverno brasileiro não tem nada de muito gostoso, e o de Ribeirão Preto então, nem se fala - e a colorida e já quente primavera.
E agora eu vejo mais um mês de Setembro se dissipar no nosso calendário; Em 2009 pra mim, esse mês representou a expectativa de completar 15 anos, veio cheio de provas e por isso exigiu muita dedicação da minha parte, mas também veio cheio de amizades. Quer dizer, várias amizades se firmando e se tornando mais especiais.
Mas que agora venha Outubro, e que venha com tudo. Só de pensar que em poucos dias, 91 pra ser exata, já estaremos trocando de calendário eu já fico atônita.
Concluindo, não, setembro não veio pra ser um mês triste. Pelo menos nunca foi assim comigo e não há de ser. Eu espero.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Por dias um pouco mais verdes.


Eu ainda lembro de uma manhã, em meados de 2004, quando eu estava assistindo ao TVZ como de costume antes de ir para a aula. E de repente, uma banda chamou minha atenção. Era um trio, na verdade. Formado por um vocalista que aparentemente usava lápis nos olhos, um cinto de rebite combinando com o justo jeans preto e uma gravatinha vermelha por cima da camisa. Um baixista de regata preta, munhequeiras, cabelo um tanto quanto despenteado e muita atitude. O baterista, um cara baixinho e gordinho também usando uma gravata por cima da camisa, mas a sua era branca, cabelo penteado pra cima e uma agitação fora do comum. Logo nos primeiros minutos do tal clipe ele é avistado dando voltas na bateria e tocando alguns pratos enquanto isso. Hilário.
Nos primeiros instantes eu fiquei apenas observando e pensando "Qual é a desses caras?", afinal, para uma criança de 10 anos aquilo era mesmo surpreendente. Num contexto onde o rock parecia estar se degradando, surgem novamente na mídia esses três ícones cantando sobre a alienação do povo norte-americano.
Logo depois eu descobri que o nome dessa banda era Green Day, e seus integrantes, respectivamete citados, Billie Joe Armstrong, Mark Durt e Tré Cool.
Com o tempo eu fui sendo conquistada por eles de um jeito que nenhuma banda havia feito comigo antes. Comecei a me interessar por suas vidas, sempre atrás de informações novas, e eles começaram a me influenciar e me fazer ver as coisas de um jeito totalmente novo. Enquanto a maioria das minhas amigas gostavam de artistas como Rouge, Kelly Key e Britney Spears, eu e mais uma amiga éramos vistas como loucas por gostarmos de uma banda como Green Day. E essa paixão não foi exatamente apoiada pelas mães, já que mãe nenhuma no mundo gostaria de ver suas filhas babando ovo por uma banda com nome cujo significado 'Dia Verde' simboliza um dia com maconha rolando solta entre os integrantes, e cantando versos como "Cigarettes and ramen and a little bag of dope. I am the son of a bitch and Edgar Allan Poe" (Trecho de St.Jimmy).
Mas é fato que o Green Day voltou a seus dias de glória num momento em que surgiam as bandas de rock melódico, vulgo emo hoje em dia, em que as letras vinham carregadas de sentimentos e emoções profundas... Enquanto o trio old preenchia seus versos com revoltas políticas, indignações, pautas sobre a sociedade, críticas, algumas emoções e muitos palavrões. Quando lançaram o álbum American Idiot, não sobrou muito espaço para as outras modinhas do momento, eles levaram vários VMAs, Grammy, músicas e clipes mais tocados, capas de revistas, matérias pra tudo quanto é lado... Só dava eles.
E por algum tempo, eles foram as razões dos meus sorrisos. Não digo que esse amor morreu com o tempo, ou que se degradou. Eu apenas o parei de alimentar e fui deixando esquecido. Mas nunca morto. Jamais. E eles sempre voltam pra mim; de uma forma ou de outra, esse amor sempre tem um recomeço e a cada nova vez ouvir as músicas acaba se tornando mais prezerozo.
Agora com CD novo e muitos projetos rolando solto, os quase quarentões do Green Day vão provar mais uma vez a que vieram. E enquanto isso, eu continuo me surpreendendo com a capacidade para as composições.
Há 4 anos fazendo a minha cabeça e quem sabe por quanto tempo mais. That's it.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sweet Fifteen.



É hoje, quinze aninhos de existência completos.
E a sensação por enquanto é normal. Eu sempre achei muito engraçado quando diziam que aos quinze anos a menina vira mocinha, outros dizem que vira mulher... Mas pra mim, é uma idade como qualquer outra, talvez um passo a mais pra maturidade e independência, mas isso vai de cada um. Tem tanta menina de quinze com mentalidade de onze anos enquanto outras tem mentalidade mais avançada, whatever.
Outra coisa que chama muito a atenção nos quinze anos, são as exuberantes e luxuosas festas que pra mim nunca passaram de uma oportunidade pra garantir status e fazer uma festa pras pessoas aproveitarem por você; tudo bem que há casos em que as debutantes realmente comemoraram e realizam o grande sonho da sua vida, mas pra mim sempre foi mais status do qualquer outra coisa.
Nunca fiz questão de que meus pais fizessem isso por mim. A única coisa que eu queria deles, e na verdade de todos próximos à mim, era que se lembrassem dessa data e comemorassem mesmo que da forma mais simples, mas que fosse sincera.
E a minha comemoração acabou chegando antecipadamente. No mês de Julho pra ser mais precisa. E o presente/comemoração veio em forma de uma viagem sonhada e idealizada durante anos e mais anos. Um sonho que cresceu e amadureceu comigo desde pequena: o de ir pra Disney.
Então a minha comemoração acabou durando duas semanas, com direito a montanhas russas cheias de adrenalina, parques com as atrações mais inusitadas, compras, compras e mais compras, shows lindos e emocionantes - que Cirque du Soleil, Fantasmic, Shamu's Show, a parada e as queimas de fogos se incluam - e sem falar nas milhares de novas experiências adquiridas e todas as emoções vividas.
Quinze anos em quinze dias, é. E as memórias dessa viagem eu vou levar comigo pro resto da vida, disso eu tenho certeza.


"Aprende que a maturidade tem mais a ver com tipos de experiências que se teve e o que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou."
- William Shakespeare.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sem título, por enquanto.

Parte 1 - O Adeus

“Já estou mais do que cansada disso tudo” – foram as últimas palavras que saíram da minha boca antes de deixar aquele apartamento. Peguei minha bolsa de qualquer jeito e bati a velha porta envernizada do apartamento dele. Dei uma última olhada no corredor, na iluminação fraca e amarelada que ali existia, no piso de carpete gasto, nos quadrinhos de animais fixados à parede branca e suja, e, enfim, encarei a porta do elevador. Respirei fundo, tentando me livrar das inúmeras gotinhas salgadas que transbordavam dos meus olhos e queimavam meu rosto até chegar ao queixo. Respirei fundo mais uma vez e fiz o maior esforço possível para esticar meus dedos até o botão do elevador, como se houvesse uma corrente me segurando e me impedindo de executar tal ação. Mas eu estava determinada a ir embora daquele lugar o mais rápido possível, então, assim que reuni todas as minhas forças, chamei o elevador e desci por ele em um instante.
Ao chegar à recepção do prédio, fiz a mesma coisa que havia feito no corredor: dei uma última olhada geral em tudo, quem sabe quando eu voltaria a ver aquele lugar de novo? Muito provavelmente, nunca. A não ser que o destino fosse óbvio demais e me fizesse ter uma amiga que resida ali, ou quem sabe meu apartamento pudesse ser inundado e eu tivesse que comprar outro naquele prédio, mas, teorias babacas sobre o destino à parte, eu reavaliei tudo. Olhei pro lustre pendurado no hall, nos sofazinhos pretos de couro onde tantas vezes nós nos sentamos juntos. Olhei pra mesinha de centro mogno que tinha vários vasinhos de flores artificiais coloridas, e então, quando olhei pra parede oposta, levei um susto. Eu estava encarando a mim mesma, na verdade, eu encarava meu reflexo no espelho arredondado com uma expressão ao mesmo tempo confusa e divertida. Percebi que meus olhos estavam inchados, assim como minhas bochechas e meus lábios, que agora se encontravam avermelhados. Eu nunca tinha me visto dessa forma, e mesmo sentindo a dor esmagadora do que acabara de acontecer, eu consegui sorrir. Sorri pra mim mesma e foi naquele momento que eu percebi que eu deveria me amar acima de qualquer outra coisa. Deixei meu reflexo de lado e fui caminhando para fora do prédio. Me sentindo um pouco mais aliviada.
Dei um último “tchau” ao porteiro, o que na verdade seria um adeus, e quando olhei pro céu me dei conta de que o tempo estava totalmente fechado, escuro e nebuloso. “Pronto, era só o que me faltava”, pensei. Eu, ali, que tinha acabado de destruir uma parte de mim, estava me sentindo agora uma criança recém nascida e desprotegida, precisando de braços protetores para me acolher. Mas eu não tinha saída, eu deveria começar a correr pra casa antes que a chuva me pegasse e eu tivesse que me preocupar com uma gripe. Respirei fundo, contei até três e saí correndo pelas calçadas, me sentindo a maior maratonista que o mundo já viu. Está bem, sem piadas. Correr não adiantou nada mesmo, só me deixou ainda mais cansada.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Nostalgia.

Ainda me lembro dos meus antigos dias de certa forma rotineiros e motivados por uma paixão que hoje já não faz sentido aos meus olhos. Lembro do vício pela qual fui dominada, e de todos os esforços que fiz para mantê-lo (mantê-los, na verdade). Chega até a ser estranho ver como tudo passou tão rápido, todo aquele amor eterno dedicado aos cinco, aquela admiração sem igual, que com míseros 2 anos... sumiu. Por um lado é triste ver que simplesmente acabou, e que certamente não voltará nunca a ser como foi um dia. Mas, por outro lado é bom ver que foi apenas um vício de adolescente - não que eu esteja me sentindo uma adulta agora, longe disso, haha. - mas me sinto ao menos, mais madura. O NX me marcou demais, cada um dos integrantes, tanto como parte da banda, como pelo caráter de cada um deles. E por um bom tempo eles representaram uma grande parte de mim, e ajudaram a construir quem eu sou hoje. Sei que sinto saudades imensas só de lembrar da felicidade que eu sentia quando eu me aproximava mais deles. Lembro de como meu coração quase saltou pela minha garganta quando eu fui ao meu primeiro show deles; lembro de como eu me sentia bem quando via que eles estavam bem, e subindo na carreira; lembro do impagável sorriso que estampou meu rosto por semanas depois de ter conseguido falar com eles e dar um mísero *oi,tudobom,beijo,abraço* em cada um; lembro também de quando chorei, chorei e chorei de raiva e decepção quando uma tentativa de falar com eles fracassou. Lembro de como me sentia satisfeita em trabalhar assalariadamente (ÓBVIO!) em um fã clube destinado à eles, e de como era gratificante quando esse trabalho era reconhecido conforme ia crescendo.
Mas de uns tempos pra cá, eu comecei a perceber certas coisas que antes pareciam que eu não queria enxergar, porque de fato, elas sempre estiveram ali. Comecei a perceber quando eles eram sinceros ao falar com os fãs e quando faziam porque achavam que não era mais do que a obrigação, quando simplesmente faziam por fazer, sem a menor vontade para aquilo, enquanto os fãs se empoleiravam por horas em filas, embaixo de sol quente ou até mesmo chuva forte, alguns viajavam quilômetros e mais quilômetros, só por um pouquinho deles. Comecei a perceber quando eles empregavam exatamente as mesmas frases clichês e de efeito quando precisavam do público para algum fim; percebi a aproximação rápida que eles faziam nas épocas de premiações e festivais. E assim, comecei a ver a falsidade em algumas atitudes e as decepções começaram a crescer. Foi quando eu deixei de me alienar e comecei a perceber as coisas minuciosamente.
Hoje, vejo que é inscontestável que eles só chegaram à esse tremendo sucesso graças ao grande - ou enorme - empurrão dado pelos fãs; e que muitos dos citados agiram como se os meninos fossem deuses ou coisas de outro mundo, os colocaram em um pedestal tão alto que ninguém era capaz de fazê-los descer. A mídia, à princípio não deu a mínima pra eles, mas assim que perceberam o estouro que poderiam causar, começaram a usá-los como os 'rockeiros do bem' sempre que precisavam subir a audiência. Eles mesmos não conseguiram administrar o sucesso da maneira certa (até acho que foram longe demais, afinal, são apenas moleques e já apresentam comportamento bem diferente do que os rockeiros de antigamente apresentavam, não dá pra negar.) A gravadora e o queridíssimo Rick Bonadio transformaram a cabeça deles, e consequentemente, o som deles em algo to-tal-men-te comercial. Já não se vê o nx das letras profundas e originais de antigamente, agora o que se pode ver são os refrões clichês e chicletes e as mesmas melodias calmas - algumas até plagiadas, OE -. Eles já não conseguem surpreender e estão caindo na mesmisse, o que eu acho tedioso. Mas, sou apenas alguém tentando, isso mesmo, tentando analisar as mudanças -bruscas - que houveram no som deles, já que eu não tenho formação musical alguma.
Resumindo, eu precisava desabafar sobre esse assunto porque ultimamente o sentimento de melancolia e nostalgia tem me contagiado bastante em relação à isso :B

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Por uma caixinha de surpresas.

Sei que já estou ficando cansada de tanta previsibilidade. De todos os dias que começam e terminam exatamente da mesma forma, mudando apenas algumas situações e os espaços em que elas ocorrem, mas no fim, acabam retratando algo que eu já esperava que acontecesse. Quero a minha vida feita de caixinha de surpresas, quero coisas novas e momentos que me deixem, ao menos uma vez, pensando em como a vida é imprevisível. Quero alguma coisa que me motive de verdade, com a alma e o coração, algo que me prenda, que me deixe fixada mesmo que por um curto período de tempo. Preciso de mudanças, de expectativas, de esperança. Preciso achar a direção certa pra seguir, e os lados que devem ser defendidos. Preciso de concentração, de segurança, de boas vibrações, de auto confiança, de harmonia. Preciso que todo esse tédio e monotomia me deixem para uma nova fase começar.
Mas acho que o que eu mais preciso é me encontrar.

Luiza.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Missão impossível.

No atual mundo globalizado em que vivemos, com grande expansões comerciais, um problema chama a atenção: o consumismo; que nada mais é do que o consumo exagerado e em massa de produtos de qualquer tipo. E há vários motivos para esta "gastança" sem controle, como comprar para levantar a auto-estima, a própria globalização, os inúmeros produtos no mercado e as propagandas, em parte, enganosas.
Não se pode generalizar, mas é fato que basta um produto novo surgir no mercado que o consumidor já fica de olhos atentos. Isso se deve em grande parte à globalização, juntamente com as propagandas e o marketing que induzem os consumidores a gastar mais e mais. Alguns alegam que compram para melhorar a auto-estima e até mesmo o humor; outros dizem comprar pois a grande variedade mercadológica exposta nas vitrines lhes chamam a atenção e os fazem querer comprar.
Também é certo que nos países menores, por exemplo, as pessoas comprar produtos que são tendência nas grandes potências mundiais para se sentirem talvez mais importantes e que fazem parte da moda global. Dinheiro vem, dinheiro vai. E diga-se de passagem que as pessoas muitas vezes gastam mais do que os salários lhes permitem, e os consórcios, carnês, planos de compras com anos de pagamento, juros e acréscimos são uma boa prova disso.
A solução mais visível para esse problema seria fazer com que as pessoas vivessem mais com os pés no chão ao invés de subir cada vez mais alto com seus objetos de desejo/consumo. Uma concientização geral, já que lutar contra a globalização e os marketeiros é sim uma missão impossível.

Luiza.

sábado, 9 de maio de 2009

Vulneráveis

Incrível como as pessoas são tão difíceis de serem definidas. Incrível como achamos que conhecemos alguém tão a fundo quando na verdade não conhecemos nem a nós mesmos.
Uma das coisas mais fáceis é culpar o outro pelo seus próprios erros. Insegurança? Covardia? Eu sinceramente não sei dizer, mas sei que pode ser considerado um ato vergonhoso. Afinal, tirar um peso de suas próprias costas e jogá-lo sobre a pessoa que não tem culpa de seus problemas não me parece muito justo. E infelizmente esse tipo de atitude é facilmente encontrada e, enquanto não aprendermos a nos responsabilizarmos por nossos próprios erros isso tende a acontecer.
Penso que nossos valores vem de berço e, se bem pregados nos acompanharão até nossos últimos dias. Mas, quando eles se perdem no ar, seja por influência e/ou circunstâncias duvidosas ou por nem sequer terem sido ensinados, chegamos a uma encruzilhada onde o que está em jogo é o carácter do ser humano. De nada vale passar uma vida inteira ouvindo lições de moral se elas nunca tiverem sido valorizadas por quem as ouviu. Assim como, de nada vale querer ensinar a alguém algo que nem você sabe.
Sou do tipo que acredita muito nas pessoas, que consegue enxergar bondade até mesmo nos gestos obscuros. E se não acreditasse tanto assim nelas, talvez sofreria menos decepções. Mas eu vejo esse meu gene mais como qualidade do que como defeito. E acho ótimo colocar fé nas pessoas de quem eu gosto, por que se não fosse esse empurrãozinho de confiança, pra que, ou por quem elas mudariam afinal?

Luiza