domingo, 28 de fevereiro de 2010

Choices, one more time.

As coisas chegaram em um ponto em que muitas vezes eu me pergunto se é possível gostar tanto assim de alguém. O que antes não passava de 'mais uma tentativa' virou o maior sentimento que eu já senti. Enquanto a maioria das minhas amigas estão em um momento de ir pra festas e beijar vários, beijar os mesmos meninos... Tudo isso pra mim parece coisa de outro mundo agora. O MEU mundo só existe onde ele estiver. Porque foi nele, que eu encontrei exatamente tudo o que eu preciso para a minha felicidade; encontrei uma companhia para todos os momentos possíveis, e alguém com quem dividí-los, encontrei alguém que me valoriza bem do jeito que eu sou, pela pessoa que eu sou! Encontrei alguém que já me fez chorar de alegria, já me fez rir sozinha ao pensar nos nossos momentos juntos... Encontrei alguém em quem confiar e acreditar da melhor maneira; encontrei meu lugar em seus braços e minha paz em seus beijos.
Deixar tudo isso porque o "correto" para a minha idade seria CURTIR, é hipocrisia. Não é necessário virar arroz de festa com meu grupo de amigas, enquanto eu finjo ser "A" bêbada e "A" top do lugar para curtir... Existem diversos significados e diversas formas de colocar a curtição na ativa. Se eu não tivesse tanta certeza do que eu quero nesse momento, eu certamente já teria ouvido os conselhos mirabolantes de algumas pessoas e caído na tentação da ideia-de-curtição-para-meninas-de-quinze-anos. Mas prefiro fazer o que o MEU coração me manda fazer, e não o que uma massa de pessoas sem amor próprio fazem.
No final, são apenas escolhas. E como fazer escolhas é algo total e exclusivamente pessoal, cada um cuida das suas e procura sua própria felicidade. E é assim que o mundo gira... Ou não?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

FIC - Como eu fiquei famosa e depois perdi tudo – menos você, eu espero.

Desde pequena, eu sonhava com o dia em que eu subiria em um palco e veria uma multidão inteira cantando comigo. Para isso, eu fazia do espelho a minha platéia, da escova de cabelo o meu microfone, e para os momentos de maior empolgação, a cama virava meu palco. Nos almoços de família, eu fazia com que todos assistissem as minhas apresentações cantando, dançando e ainda exigia aplausos.

Com o tempo, eu fui aprendendo que eu não conseguiria nada disso se eu apenas treinasse em frente ao espelho do meu quarto. Eu precisaria de muito mais. Eu precisava de empenho. Por isso, aos onze anos eu entrei no conservatório. Paralelamente, entrei em um curso de teatro, para desenvolver meu carisma. Foram 4 anos de prática até eu compor minha primeira música a ser lançada na internet. Na época, várias pessoas vieram me parabenizar. Isso serviu como um estímulo para que eu continuasse me dedicando.

Com 20 anos – nove anos de estudo e treino – eu resolvi colocar tudo em prática. Procurei alguns contatos importantes e consegui apoio pra gravar algumas músicas. Lancei-as na internet e meu site começou a bombar muito rápido! Vinham elogios de todos os cantos do país, e os convites para aparecer na mídia começaram a surgir. Programas de televisão e de rádio me ligavam para agendar entrevistas, e durante as mesmas, os jornalistas só sabiam me bajular. Meu ego foi às alturas com tudo isso. Então, foi nesse momento que as coisas começaram a tomar um rumo inesperado na minha vida; eu sempre almejei a fama, o sucesso e o glamour, ao mesmo tempo em que eu sonhava com um namorado de personalidade marcante e que fizesse tudo por mim. Bem, agora eu tinha ambas as coisas, só precisa saber administrá-las.

Os meses foram passando, a minha fama só aumentando, a agenda de shows pelo Brasil já estava lotada, e eu já não tinha mais tempo para sair com as minhas amigas. Muito menos de almoçar com os meu pais. Eu tinha deixado tudo de lado pra correr atrás do meu sucesso.

O meu fim na mídia aconteceu como uma bola de neve, eu comecei a viver com a cabeça nas nuvens e os pés bem longe do chão; eu me auto coloquei em um pedestal de ‘estrela’ de onde ninguém conseguia me tirar. Mas isso trouxe reflexos para os meus relacionamentos. Minhas amigas e meus pais começaram a reclamar da minha falta de tempo para eles, assim como meu namorado, que era sempre a segunda opção. A pressão foi tão grande que eu comecei a perder minha inspiração pra compor, e com isso, a gravadora cancelou meu contrato. Novas estrelas foram surgindo na mídia, de modo que eu comecei a ser ofuscada. Investi meu dinheiro em maus negócios, e com isso, além de perder a fama, fui perdendo minha fortuna. De tudo que eu tinha e desejava, a única coisa que me restou foi meu bem mais precioso: o meu namorado. O amor da minha vida.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

To make a promise.

Até que ponto as promessas são válidas? Eu sempre tive uma cobrança muito grande em cima delas... sempre digo que eu costumo cobrar promessas. Bem do tipo: prometeu, cumpriu. Porque afinal, se a pessoa não tem a intenção de cumprir, por que faz uma promessa? Ao invés de dizer 'eu prometo que vou te amar pra sempre' por que não diz simplesmente 'eu vou te amar pra sempre' ? O tempo muda tudo, a vida nos leva pra caminhos inesperados e sempre nos traz novas surpresas... o que dificulta que muitas promessas sejam cumpridas e realizadas por parte que de quem as fez. E assim, a pessoa que 'espera' pelo que foi prometido sempre acaba sofrendo pela angústia e ansiedade.
Triste mesmo é ver algumas amizades se perdendo por aí, ver as tristes promessas se dissoveldo nas novas rotinas. E as frases como 'promete que você não vai esquecer de mim quando fizer novas amizades?' HAHA. Esquecer ninguém esquece assim, da noite pro dia... mas em um conceito geral, são as pequenas atitudes que fazem a diferença, não é mesmo? Se nem mesmo as pequenas atitudes de 'amiga pra amiga' acontecem... o distanciamento é natural.


Flashback:
'Eu já te disse que eu costumo cobrar promessas.'
'E eu já te disse que você nunca vai precisar cobrar de mim. Eu cumpro.'

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Just Another Drama I

Seis e meia da manhã. O barulho estrondoso do meu despertador não poderia deixar que eu esquecesse disso, é claro. Levantei-me, coloquei o uniforme do colégio e fui tomar café da manhã. Até então, nada de diferente: todos já estavam sentados em seus respectivos lugares, comendo e conversando entrei si, como se a minha presença ali não fizesse diferença alguma. Ou como se ninguém fosse capaz de me enxergar. Eu convivo com esse pesadelo a 16 anos, que aliás, é a minha idade. Dezesseis anos é um bom tempo para aprender a lidar com certas situações, eu diria. O problema é quando elas se intensificam com o tempo, a ponto de te enlouquecer. Mas, não vamos pular etapas.

Sentei no meu lugar, preparei meu pão e comi em silêncio como em qualquer outra manhã. Antes de sair para trabalhar, minha mãe olhou pra mim com olhar agitado e disse rapidamente: “Se apresse ou você vai se atrasar, Daniela.” Nada como ser bem recepcionada, não é mesmo? Terminei de comer às pressas, fui até meu quarto e coloquei meus gastos all star vermelhos de qualquer jeito, nem os cadarços eu amarrei. Peguei minhas apostilas, meu estojo e saí de casa correndo até o elevador. A sensação de nervosismo que eu sinto ao entrar no mesmo, me desconcerta de um modo que nem eu mesma sem explicar. É uma sensação de medo, de angústia, ansiedade... tudo isso misturado e muito forte. Só pelo medo de (re) encontrá-lo no saguão do prédio como fazíamos e fizemos todas as manhãs durante um ano e meio. É.

Ir para a escola era outro problema, afinal, o que antes era um prazer pra mim, tornou-se nada mais do que obrigação. Eu já não tenho vontade de me dedicar aos estudos, assim como não tenho vontade de me dedicar a qualquer outra coisa que venha a aparecer. Além de ser ignorada em casa, esse “feito” tornou-se característica das minhas amigas também. Se é que eu posso chamá-las assim. Parece que a Lei de Murphy gostou muito de mim a ponto de não me abandonar mais. "Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará". Depois que a primeira coisa deu errado pra mim, o resto foi caindo em consequência… E agora aqui estou eu, nesse pequeno inferno que eu tento chamar de vida.

Quase perdi o primeiro sinal de entrada. Sentei na minha mesa de sempre, enconstada na parede e nem tão perto da lousa assim. A primeira aula era de Química, algo totalmente animador para uma segunda-feira pós Carnaval. A classe toda estava pegando fogo, novidades voavam de todos os cantos, cada um queria falar mais alto do que o outro sobre sua viagem, sua micareta, sua festa e etc. Enquanto pra mim, o Carnaval nada mais tinha significado do que ficar no meu quarto, deitada na cama, olhando pro teto, com o mp3 no ouvido, escutando músicas depressivas. Sim, Damian Rice bombou no meu Carnaval, assim como a solidão.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Hey, High School.

A um ano atrás, eu me lembro de acordar pensando em como seria meu primeiro dia de aula na minha velha escola, com meus velhos amigos, e minha velha rotina. E por mais velho que tudo aquilo fosse, era sem dúvidas o melhor que eu poderia esperar e viver com meus quase 15 anos. É fato que eu ansiei tanto pela volta as aulas por ser meu último ano no Ensino Fundamental, o ano da formatura, dos trotes, da viagem da turma! Não tinha como criar uma expectativa diferente. Mas frequentar aquele lugar já não me causava mais frio na barriga, eu não tinha mais 'sede de descobertas'... chegou um momento em que, tudo parecia igual, ou talvez normal demais. Eu não via a hora de o ano acabar pra (re)começar minha vida em outra escola no Ensino Médio. E agora, a menos de 24 horas do meu primeiro dia de aula em uma escola nova, longe de algumas melhores amigas, de vários professores maravilhosos, e do meu ambiente de (quase) paz chamado Vita et Pax, eu vejo que por enquanto nenhuma ansiedade tem me dominado. Nenhuma frustração... Nada. Só espero que eu goste das novidades e aproveite da mesma forma que eu aproveitei minhas outras fases.