sábado, 2 de outubro de 2010

Just a cup of a tea.

Uma xícara de chá. Um quarto escuro. Uma casa vazia. Uma pessoa abandonada. Uma imensidão de lembranças preenchidas por lágrimas. Ela preferia não falar com ninguém, portanto, guardava seus problemas a sete chaves. Seu passado invadia sua mente de uma maneira avassaladora. Qualquer detalhe, por menor que fosse, fazia com que tudo viesse à tona. Já não havia lugares que ela pudesse freqüentar sem que se lembrasse de quando e quantas vezes esteve lá com ele. Qualquer pessoa que os visse, diria que eram o casal perfeito – mesmo a perfeição sendo relativa. O amor existente entre ambas as partes se ressaltava nas suas feições, muitas vezes moldando seus rostos com enormes sorrisos.
A garota estava vivendo em monotonia. Nada conseguia fazer com que o sentimento de solidão e vazio a deixasse. Embora tentasse voltar a viver, ela sabia que isso só seria possível ao lado dele. Mesmo que ele a tenha deixado nessa situação. Paradoxo, talvez.
As armas mais poderosas que ela havia encontrado até então eram as lembranças e os sonhos. A primeira, pois era a única coisa que ninguém poderia lhe tirar. E a segunda, pois era a única maneira de continuar imaginando o presente e até mesmo o futuro sem ter que encarar a realidade.
Ela ainda guardava o pequeno cordão que ele havia lhe dado no último Natal. Era um pequeno cordão com pingentes de letras – as iniciais dos dois. Todas as vezes em que sentia medo ou desespero momentâneo, ela segurava esse cordão com todas as forças e chorava em silêncio. Todas as vezes em que precisava de proteção, ela também se agarrava à ele e sentia-se sendo abraçada. São inúmeras personificações feitas todos os dias para que ela se sinta um pouco melhor. E quando isso não é suficiente, há sempre uma xícara de chá.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Pra sempre The O.C.

The O.C, exibido de 2003 a 2006 pela Warner Chanel (no Brasil e pela Fox, nos EUA) é sem dúvidas a melhor trama teen dos últimos tempos. Josh Schwartz, o criador da série, soube misturar muito drama com pitadas de comédia, seguidas por romance e aventuras. O seriado teve altos índices de audiência da televisão norte-americana nas três primeiras temporadas. Os personagens aparentemente comuns acabam nos surpreendendo com o desenrolar da série.
Tudo começa quando Ryan Atwood, garoto com sérios problemas familiares ajuda o irmão mais velho, Trey, a roubar um carro e os dois acabam sendo pegos pela polícia. Trey, sendo maior de idade vai diretamente para a prisão, enquanto Ryan recebe ajuda de um advogado público, Sandy Cohen (interpretado por Petter Gallagher). A mãe de Ryan, sempre envolvida com bebidas e namorados de mau caráter, resolve colocar o filho pra fora de casa depois do roubo. Sandy, sensibilizado com a história, relembra seu passado quando também muito jovem foi abandonado, e então resolve levar Ryan para sua casa até que o caso seja julgado. Em Orange County - cidade onde mora Sandy Cohen – Ryan conhece Marissa Cooper, vizinha dos Cohens e aparentemente a “garota perfeita”. Na casa, conhece Kirsten e Seth, respectivamente esposa e filho de Sandy. Seth e Ryan tornam-se melhores amigos mais tarde, e entre idas e vindas, os dois formam pares românticos com Marissa Cooper e Summer Roberts (inicialmente amor platônico de Seth). Entre as festas badaladas e as enormes mansões da cidade, muita coisa acontece: casa incendiada, brigas, namoros, festas, viagens, overdose, terapia, pais descontrolados, casamentos, separações, alcoolismo, enfarte, filhas ilegítimas, mortes, drogas e etc.
- Da esqueda para direita: Seth, Summer, Ryan e Marissa.


Ao assistir as quatro temporadas de The O.C, o espectador consegue de fato se envolver com a história e se emocionar com os acontecimentos. The OC, mesmo tratando de assuntos já abordados em outras séries adolescentes, conseguiu vencer a concorrência e fazer da série algo realmente especial, passando seriados como One Three Hill e Dawnson’s Creek. A trilha sonora é inquestionável; desde os grandes momentos até os menos importantes foram envolvidos com músicas totalmente adequadas a cada situação. Os espectadores puderem presenciar cenas com trilha sonoro pop, rock, indie, punk... Tudo que se adequava ao momento vivido pelos personagens. Com isso, foram feitos 6 CD’s com as melhores músicas de cada temporada. Em alguns episódios, podemos acompanhar shows de bandas até então desconhecidas, porém com a cara do público e do próprio seriado, tais como The Killers, Rooney, entre outras.
Os personagens da série apesar do aparente clichê conseguiram agradar o público com suas particularidades. A exemplo disso, temos o casal coadjuvante formado por Seth Cohen e Summer Roberts como os queridinhos do seriado: Seth, um típico geek anti-social e totalmente invisível aos olhos dos outros alunos da escola, só começa a ser notado quando Ryan chega a Orange County; viciado em histórias em quadrinhos e com talento nato para desenhar, Seth conseguiu deixar sua marca em vários diálogos inteligentes compostos por sua ironia. Já Summer, a pratricinha sempre eleita como rainha dos bailes estudantis, mostra seu lado sensível e tipicamente adolescente quando se apaixona por Seth. Marissa, personagem principal ao lado de Ryan, começa a ver seu mundo desmoronar quando seu pai perde toda a fortuna que tinha; é traída pelo primeiro namorado, tem uma overdose durante uma viagem, se apaixona por Ryan, tem um pequeno romance lésbico, se envolve com o jardineiro da casa, com um surfista drogado e sempre procurando provocar a raiva e o desgosto de sua mãe. Ryan apesar de sua natureza revoltada e violenta, consegue se adequar a nova vida, e sempre tentando defender os que estão próximos dele também virou um personagem marcante; supostamente engravidou uma amiga de infância, se meteu em várias brigas, incendiou uma casa, foi apaixonado por Marissa e muito amado por Sandy e Kirsten.
Os seriados atuais ainda usam um pouco da pegada de The O.C para tentar embarcar no sucesso, alguns exagerando mais nos fatos e outros abusando do famoso sexo, drogas e rock’n’roll. Depois de ver todas as temporadas, você vai se apaixonar pela série e levar um pouco dela consigo.

http://www.youtube.com/watch?v=_e0211vmLNI&feature=related - Trailer da primeira temporada.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Porque uma grande amizade não tem preço.

Momentos, histórias, amizades. O fato é que com um pouco mais de experiência e um pouco menos de inocência, é possível olhar pra trás recordando vários momentos e aceitando que eles foram passageiros e bons em seu devido tempo. As pessoas mudam, assim como as circunstâncias e os ambientes. Ninguém é obrigado a ser exatamente igual o tempo todo. Mudanças SÃO necessárias, sejam elas pra melhor ou pra pior... Elas fazem parte das nossas vidas, da nossa evolução, nosso amadurecimento. É um processo natural.
Em determinados momentos, nossas escolhas são a chave que nos levará a novos caminhos e, consequentemente, a mudanças. Acredito que de todas as centenas de pessoas que passam por nossas vidas ao decorrer dos anos, apenas as marcantes se tornarão eternas em nossas lembranças, deixando um pouco delas conosco e levando um pouco de nós com elas. É inevitável que tenhamos de deixar algumas dessas pessoas marcantes para trás. Infelizmente, nem sempre podemos seguir a mesma direção e ter as mesmas escolhas que elas. E muitas vezes, isso acaba afetando o relacionamento construído anteriormente.
Barreiras criadas por circunstâncias como o tempo e a distância são na maioria das vezes crucias para afetar, principalmente, as amizades. Além de mudanças, a vida também é formada de fases. E em cada fase de nossas vidas, temos pensamentos, idéias e vontades totalmente diferentes dos da fase seguinte. Muitas vezes, ao entrarmos numa fase nova acabamos deixando para trás algumas das “coisas” que nos acompanharam na fase anterior. E novamente, isso resulta em mudanças.
É uma pena que amizades mudem e esfriem ao longo do tempo. Mas esfriar não significa acabar. E muito menos esquecer. São poucas as pessoas que podemos realmente intitular de AMIGOS. Acho, inclusive, que podemos contar os amigos verdadeiros nos dedos. Amigo pra mim é aquela pessoa que vai estar com você independente de qualquer problema. É aquela pessoa que vai te oferecer o ombro e te consolar SEMPRE que você precisar de alguém. É aquela pessoa que te entende com um simples olhar e que muitas vezes, te conforta apenas com um abraço apertado. Ser amigo de alguém, não é ter essa pessoa na sua lista de amigos do Orkut, não é seguir essa pessoa no Twitter e muito menos trocar perguntas no Formspring. Ser amigo de alguém é estar presente mesmo quando tudo conspira a favor da sua ausência. Amizades verdadeiras serão lembradas para o resto de nossas vidas; mesmo que as coisas mudem, esfriem, e travem nas barreiras impostas, nada impede que uma boa amizade permaneça nas nossas lembranças. E isso sim é fazer com que amizades durem para sempre. Fazer com o que os momentos bons sejam eternizados em nossas memórias.

terça-feira, 29 de junho de 2010

A little tired.

A situação fugia de controle, os pensamentos voavam longe. Mas não longe o suficiente para que saíssem da minha cabeça. Seria uma tentativa em vão sentar em um canto qualquer esperando por um controle universal, ou uma máquina do tempo que possibilitassem que eu pudesse voltar no tempo apenas apertando um botão, ou escolhendo as cenas no meu Menu e revendo as mais especias em câmera lenta. Ou simplesmente avançando no controle para o dia seguinte. (Quem não se lembra de Click?) É uma pena que as coisas não sejam assim fora do mundo da ficção e dos filmes. Aqui, o jeito é pensar milhares de vezes antes de qualquer atitude precipitada, usando o bom senso e o respeito. Queria conseguir fechar os olhos e relaxar, já que a rotina e vários pensamentos têm tirado meu sono, que aliás resolve aparecer durante as aulas mais importantes. Férias, cheguem logo. Estou precisando de você.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Crônica.

No filme "Up" dos estúdios Disney - agora com a tecnologia da Pixar - o enredo é protagonizado pela primeira vez por personagens humanos, sendo um idoso, sr. Fredricksen, aparentemente rabugento, e um garoto um tanto agitado, Russel.
O que mais me surpreendeu nesta animação foi o fato de ser uma história com complexos e conflitos de adultos, traduzidos numa linguagem infantil, destinada ao seu público alvo, as crianças, e sem perder a magia dos filmes da Disney.
Adorei ver a forma como foi mostrado o amor entre o Sr. Frericksen e a Ellen. Logo nos primeiros minutos de filme é passado um flashback emocionante sobre o casal desde que se conheceram na infância, e como foram tão unidos até os últimos dias da Ellen. Com a morte desta, o Sr. Fredricksen está decidido a realizar o sonho dela, que era conhecer as cachoeiras da América do Sul viajando com a própria casa erguida por balões. A solidão do Sr. Fredricksen é instigante; até ele arrumar um "companheiro", o Russel, que de certa forma acaba ajudando o senhor a se desprender dos valores materiais que ele tinha para com a casa e os objetos da Ellen.
Ao longo do filme são passadas várias mensagens, mas a que ficou foi desprendimento material de tudo que estava ligado ao passado, mas valorizando os sentimentos e lembranças que ficaram. Acaba sendo também uma mensagem de superação ao mostrar o novo lado do Sr. Fredricksen: generoso, amigável e bem humorado. Valores trazidos e resgatados pela sinceridade da sua amizade desenvolvida com Russel, que acabou se tornando o filho que o Sr. Fredricksen não pudera ter, e este, consequentemente, ocupou uma posição de pai para Russel, já que o seu estava sempre ocupado e ausente.

domingo, 27 de junho de 2010

Copa do Mundo.

Agora a maioria das casas têm uma bandeira do Brasil pendurada na entrada, vários carros estão decorados com bandeirinhas, e até mesmo o asfalto foi caracterizado com as cores da bandeira nacional. O verde e amarelo está tomando conta do país.
É bom saber que pelo menos UMA vez a cada quatro anos, uma nação inteira se junta para torcer e vibrar pelo mesmo time. Todos do mesmo lado: ricos, pobres, honestos, desonestos... Brasileiros. No fundo, nessa época acabamos sendo todos apenas um só.
Mas é claro que as exceções existem, e com isso, também temos muitos brasileiros torcendo contra a seleção, ou simplesmente não torcendo.
Pra mim, essa é uma data impossível de ser passada em branco. Segundo a minha mãe, desde a copa de 1994 eu estava ligada ao futebol - eu estava a poucos meses de nascer, e a cada gol que ela comemorava, ganhava um chute meu ainda mais forte.
O tempo passou, e hoje eu adoro os jogos da Copa desde os primeiros minutos quando o hino nacional é cantado. Adoro até mesmo a tensão ao ver a selação adversária se aproximando do nosso gol. Adoro vibrar a cada lance bonito, e a cada gol marcado. Adoro a maneira como o futebol une classes e gerações em prol da mesma causa.
Só é uma pena saber que, na hora de festejar todos querem participar, mas são poucos que se lembram que o mundo não é tão bonito assim como é passado nos dias da Copa. A África por exemplo, não é um país composto por vuvuzelas e estádios bonitos. Pra quem se esqueceu, a África é palco de mísera, fome e desigualdade social. Agora mesmo, enquanto escrevo esse texto, milhares de crianças africanas choram por não terem alimento. Enquanto milhares de pessoas comemoram os gols de sua seleção, outras milhares choram por não terem condições de vida. O próprio Brasil não é esse país alegre e divertido que tem sido mostrado.
Seria tão mais fácil unir o útil ao agradável. Não é necessário deixar de torcer para ajudar as causas nobres. Como também não podemos apenas torcer e esquecer da realidade que vai continuar nos cercando quando a Copa acabar. Quando o juiz apitar a última partida, tudo volta ao normal. E aí? Os dias de glória das seleções perderão lugar para as desgraças nos jornais.
Portanto, torçam sim. Sejam patriotas. Tenham orgulho de serem brasileiros. Mas que seja sempre assim... Comemorar no jogos e dizer 'eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor' e depois chorar as pitangas e reclamar do país até chegar a próxima Copa é hiprocrisia.
Assim que o Brasil foi eliminado ou campeão, aposto que em uma semana todo o símbolo de patriotismo que foi exposto durante os jogos acabará totalmente. Sendo assim, as decorações verde e amarelas perderão lugar para a paisagem cinza das cidades grandes, e para a paisagem triste dos lugares abandonados no país.

domingo, 6 de junho de 2010

Aswering the phone.

De fato, não estava nos planos se apaixonar tão intensamente. Agora, mais do que nunca, ela conseguia entender a importância das promessas e das declarações. Ela sabia que a distância ou qualquer tipo de separação a destruiria em questão de segundos. Do jeito que as coisas estavam, o mundo dela só existiria na condição de que ele estivesse ao seu lado. Pra sempre.

Com relutância, levantava-se de sua cama, tendo que deixar de lado as camadas de cobertores que antes a esquentavam; foi até a cozinha e começou a preparar um sanduíche. Enquanto isso, tinha em sua mente flashes dos últimos meses em que viveu exclusivamente ao lado dele. Não havia nada capaz de estragar sua felicidade matinal nesse momento. Quer dizer, quase nada.
Em uma fração de segundo, o telefone começou a tocar. Pensando que fosse apenas mais uma ligação qualquer de alguma empresa de telemarketing, andou tranquilamente e a passos leves até tirar o telefone do gancho e ouvir a voz do outro lado da linha:
- A Marina está? - uma voz desesperada perguntava.
- Sim, sou eu..
- Marina, aqui é o irmão do Carlos. Estou ligando pra dizer que ele.. - suas palavras foram interrompidas pelo seus próprios soluços.
- Ele o que?
- O Carlos sofreu um acidente, Marina. Ele morreu.
Fim da ligação.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Os minutos vão passando lentamente.

Tic-Tac. Os ponteiros do relógio mexiam-se devagar e até preguiçosamente, eu diria. 16h10. Os minutos pareciam horas em meio a tanto tédio. Já não havia livros para serem lidos, e nem músicas para serem (re) escutadas. Tudo que poderia ser feito como passatempo, já havia sido utilizado. Até algumas tentativas de desenhos haviam sido feitas - é claro que depois todos eles foram rasgados e colocados na primeira lata de lixo que ela avistou. Arrumou o guarda-roupa, separou peças para doação, tirou a poeira de velhos brinquedos, que agora ficavam espremidos em uma caixa de papelão na parte mais alta do guarda-roupa; lavou as louças acumuladas, jogou fora as comidas vencidas, apontou alguns lápis de cor gastos... Tic-Tac. 17h10.
Ela pensava em milhares de atividades diferentes, forçava seu cérebro a usar a criatividade e, se possível, criar novas atividades. Tudo para não ficar parada, imóvel.
A verdade é que ela tinha medo. Medo de que quando ela ficasse sem absolutamente nada pra fazer, seu cérebro rastreasse e trouxesse de volta várias lembranças que ela lutava pra reprimir. Lembranças que, aliás, praticamente andavam de mãos dadas com ela nos momentos em que ele não estava por perto para preencher o vazio que ela tanto sentia.
Talvez as horas demorassem tanto pra passar, porque ELA queria que o tempo passasse rápido o suficiente para poder vê-lo novamente e esquecer que a distância parcialmente existe. Talvez ela reprimisse as lembranças com medo de deixar a saudade insuportável demais.
Mas afinal, por que a saudade havia de bater tão rápido?

O risco da palavra.

Mais de um ano de blog, e até agora nenhuma explicação sobre o porquê do título... Bom, o fato é que eu estava ouvindo uma música, em que as únicas duas frases presentes na melodia inteira eram: "A consistência do silêncio anula o RISCO DA PALAVRA, algumas coisas não precisam ser ditas para serem entendidas." e esse tal de 'risco da palavra' ficou na minha cabeça por um bom tempo. Até eu entender o que o autor queria dizer com isso.
Por fim, cheguei à conclusão de que para haver comunicação entre duas pessoas, quase 90% do tempo necessitamos de palavras para nos expressar. E mesmo quando não estamos utilizando-as, seja gesticulando ou fazendo mímicas, também há palavras que explicam e nomeiam essas ações. Confuso?
A palavra pode vir de forma escrita, através de letras e significados. Ou pode vir nos discursos orais, através de conversas, da fala e etc.
Talvez a palavra seja a chave de nossos problemas. Exemplificando: quando algo nos incomoda, devemos falar sobre isso com quem causou o incomodo para resolvermos a situação... E com isso, corremos um risco. Pode ser que a pessoa não te entenda, pode ser que ela não concorde e use outras palavras para argumentar com você...
A partir do momento de que necessitamos das palavras para nos comunicar, apesar delas serem um benefício e uma facilidade, sempre corremos riscos enquanto as usamos. Ou alguém nunca falou, falou, falou e falou até demais e só depois foi perceber que era melhor ter permanecido em silêncio?

domingo, 11 de abril de 2010

Feelings on a letter.

Hey,
Before you start to ask yourself what the hell I'm doing, I can tell you that this is just another way to show my feelings about you. I know you must be with another girl right now, and maybe you won't care about anything that I write in this letter; but I HAVE to do this. I know that I have to.
I'm really lost. I've never felt this way before. It's the first time in my life that I can't imagine what will happen in the next day. It's the first time that I can't feel my heart actually beating; I feel that he's just doing his job to make me alive, but he doesn’t get ANY emotion anymore. I mean... I can't get any emotion. All I can feel is this horrible and never ending pain.
I remember when you held my hands and told me that you'd love me forever; and you promise you'd never left me. I thought that promises and words could mean something to you, but now I can see that was I wrong.
When you showed up, everything started to make sense in my life. My heart told me I was doing the right thing when I decided to gave you a chance. So, I loved you ALL days we stayed together in that year. I loved you more than everything that I had until that moment. I loved you with all my forces and all my heart. You were the only reason to keep me smiling every single day. I remember all nights that we had together. I remember the gifts that you gave to me; the surprises; the talks... I remember that wonderful sensation that I used to have every time you held me. I remember that I could feel that I was being protected. Your kisses were the best contact that I've ever had with another person.
I can't understand WHY you left me. I mean, I had my mistakes and so had you; but we learned how to forgive. Actually, that's one of love's rules: you have to know how to forgive someone, when this person love means everything to you.
Talking about 'learn'... You taught me so many things; I guess YOU taught me what love is. How do you fell when you're in love.. You taught me how to live my own life. And thanks for that.
Nowadays, I just know that I miss you SO much. You're in everywhere I look; every place, every song; every word.. EVERYTHING in this city reminds of you. It's like a ghost that never leaves me. And sometimes, I fell save, 'cause at least I can have you in my thoughts, and nobody can take this from me.
I hope you're doing fine. Cause I'm trying to. I hope you find someone to love, but I swear, you'll never find someone who'll love you more than I did, and more than I do.
You'll always be a part of my life. If live it's a book, you are a no turning page. You're the most important chapter of my drama.
Well, I don't know what else to say, but to finish... don't forget: I LOVE YOU, BABY. And I severely wait for the day that you'll come back to me.

With love,
x.

domingo, 4 de abril de 2010

An empty story. (Or just another tale)

A chuva já não caía na minha janela. Agora todos os dias tinham a mesma cara de fim de tarde. Sem sol, sem lua. Era uma realidade monocromática e entediante. Eu queria ter forças para continuar lutando, para acreditar que ainda havia esperanças para mim. Mas o fato é que a cada dia, eu me sentia mais fraca, e menos viva.
Nos raros dias em que a chuva resolveu dar a graça e cair de forma tranqüila e quase silenciosa, os inocentes pingos se confundiram com as minhas dolorosas lágrimas.
As lembranças me invadiam dura e friamente, causando-me ansiedade e por muitas vezes, desespero. Cada lembrança que vinha a tona era uma facada a mais no meu peito machucado. Eu me sentia afundando cada vez mais em um buraco muito fundo, sem conseguir me erguer, perdendo o equilíbrio, as forças, a luz e os sentidos. Eu poderia chamar esse buraco de passado.
Sempre me achei uma pessoa forte, do tipo que não gosta de depender das outras pra absolutamente nada. Bem, eu era assim. Mas meu ponto fraco estava no amor. Qualquer coisa relacionada aos “assuntos do coração” fazia com que eu perdesse meu eixo e, principalmente as palavras.
Às vezes eu queria muito acreditar que essa realidade sem ele, era na verdade um grande e monstruoso pesadelo. E que bastaria o sol entrar pela janela do meu quarto e meu corpo despertar, para que tudo voltasse ao normal e eu percebesse que havia sido apenas uma noite (extremamente) mal dormida. Mas infelizmente, eu deveria manter meus pés no chão – ato difícil de acontecer ultimamente, já que, desnorteada e desorientada como eu estava, seria bem difícil encontrar meu chão. Fixar-me novamente.
Nunca pensei que a saudade pudesse doer tanto; nunca imaginei que a saudade pudesse comprimir meu coração e fazer lágrimas botarem; nunca pensei que as lembranças seriam um dia, minha única forma de continuar vivendo aqueles momentos.

sábado, 20 de março de 2010

Modismos.

Calças coloridas, tênis com diversas cores fluorescentes, wayfarer, camisetas com gola V, pulseirinhas do sexo... essa é a nova modinha entre pelo menos 7 de 10 (pré) adolescentes. Bandas como CINE, RESTART e REPLACE copiam as gringas All Time Low, Forever The Sickest Kids, Cobra Starship e MetroStation - na minha opinião, todas são muito melhores que as nacionais - e fazem sucesso pelos integrantes bonitinhos, as roupas da moda, e as batidas animadas. Enquanto o conteúdo das músicas é nível macaco da NASA. 'Mudei o look e aumentou a minha audiência sem eu precisar de essência, posso ser triste ou emotivo, alegre ou deprimido, eu mudo até você me aceitar. Posso ser um nerd assumido ou um fashion colorido, o que importa é alguém comprar (...) voltei, vou ser rockstar agora, vazio por dentro mas por fora perfeitinho. (...) se não tiver letra é só cantar iê iê, se falta conteúdo vai sobrar mulher (...) eu hoje aperto a calça pro volume ser maior, se esquento a franja pra auto estima é melhor, de nike e gola V, no shopping pra conquistar você.' - Trechos de 'A Tendência', do Strike que se encaixam perfeitamente no assunto. Enquanto cine canta trechos como 'com a grana do papai, com o carrinho do papai, tchurutchuru' e 'quando ela sai, não importa pra onde vai, sempre com o cartão do pai, compra tudo e se distrai.' Parece que são pouquíssimas as bandas que estão preocupadas em fazer o bom e velho rock'n'roll, com letras de verdade e solos de guitarra, e não uma mistura de 'happy rock' (mais conhecido como Power Pop) com batidas eletrônicas! Pior ainda sao aqueles que chamam esse tipo de trabalho de rock, e os integrantes das bandas de rockstars, como se vestir todas as cores do arco íris em um só look e saber fazer um G e um C na guitarra fizessem de alguém um ídolo do rock. Me poupe, vai. A essa altura, Jimmy Hendrix, Elvis Presley e até J.Lennon devem se revirar em seus respectivos caixões. Eu sou completamente a favor de coisas novas, de variedade, mas desde que tudo faça algum sentido e tenha conteúdo, bem diferente do que temos visto com essas boybands bandas atuais.

O que REALMENTE aconteceu naquele verão maluco.

A verdade é que o verão de 2009 foi o mais agitado e mais memorável de toda a minha vida. Para que você entenda melhor, eu posso explicar que fiz uma viagem com um grupo dos meus melhores amigos – tanto meninas quanto meninos – sem nenhum pai, adultos ou responsáveis por perto. Éramos apenas sete adolescentes com muitas malas, um apartamento alugado em Itapema – SC, algumas caixas de chocolate, outras de miojo e muitas garrafas de Red Label, Orloff e derivados. Tínhamos sete dias pela frente, e só Deus sabe o que poderia acontecer sob aquelas quatro paredes.
É fato que o Guilherme – o dono dos meus pensamentos – foi um dos maiores motivos para eu ter decidido fazer essa viagem, já que eu normalmente sou do tipo que prefere ficar em casa assistindo a um bom filme com um bom prato de brigadeiro. Eu era assim. Até o verão de 2009.
Eu me lembro exatamente do momento em que eu tive que me despedir dos meus pais, com um enorme nó na garganta, só pensando no dia em que poderia abraçá-los novamente. (Sim, eu faço muito drama, seria só uma semana longe de casa.)
Bom, foram cinco horas de viagem até chegarmos ao litoral. Quando chegamos ao apartamento, a primeira coisa que o pessoal resolveu fazer foi virar uma garrafa de whisky pra brindar a chegada. Em cinco minutos, lá se foram duas garrafas. Mal saberia eu que esse era só começo. Fingi estar adorando tudo aquilo, enquanto guiava meu olhar na direção do Gui e do seu sorriso encantador.
Na quinta noite, quando todos estávamos no auge da diversão e eu não agüentava mais o desespero para que o Gui me notasse e resolvesse conversar comigo sobre nosso lindo sentimento – ok, sem empolgação – o inesperado aconteceu. Era pra ser só mais uma luau na praia, com todos ficando tri bêbados e rindo de nós mesmos... E até que começou assim. Bebemos, rimos... Lancei um olhar terno pro Gui, e dessa vez ele retribuiu. De repente, ele levantou-se e saiu andando em direção ao mar, gritando meu nome, para que eu fosse com ele. Chegando lá, eu mal respirava e ele parecia tão calmo, tão decidido. Pegou minhas mãos com delicadeza, olhou em meus olhos e sussurrou em meus ouvidos “é você que eu quero.” Dito isso, me puxou pela cintura e tivemos o que eu posso chamar de beijo de cinema. O contexto romântico de praia e férias nos favoreceram muito naquele momento. Eu não queria soltar suas mãos com medo de que ele pudesse me deixar.
De repente, um barulho estridente invade meus ouvidos. Desesperada, pisco o olho algumas vezes a procura da causa daquele som; e quando me dou conta, estou sentada na minha cama, trajando meu pijama favorito, com o coração acelerado, as mãos suando, e o despertador tremendo na minha mesa-de-cabeceira. Então tudo se encaixou na minha cabeça: não havia viagem alguma, tampouco uma história de verão com ele. Tudo não havia passado de um sonho.

terça-feira, 9 de março de 2010

Direitos especiais para os gays?

É. Esse é o tema do MTV debate de hoje - 9 de março de 2010 - e eu, particularmente discordo disso em gênero, número e grau. Aqueles que levantam a bandeira colorida do movimento GLS (Gays, lésbicas e simpatizantes) lutam por direitos iguais dentro da atual sociedade em que vivemos, e pela aceitação com cada vez menos preconceito para com a sua opção sexual. Com isso, os membros deste movimento têm que ser condiserados tão humanos e tão normais quanto nós, héteros; com direitos 'especiais' eles se auto intitulariam 'diferentes' da sociedade para receber tais direitos. Quando na verdade, eu vejo que grávidas, idosos, portadores de deficiências físicas e obesos é quem merece direitos especiais. Os gays são assim por opção, é uma escolha de cada um deles em manifestar/vivenciar seu desejo e atração pelo mesmo sexo; a partir disso, e do racicíonio de que cada um deve enfrentar as consequências de suas escolhas, eles devem conviver em sociedade com as outras pessoas, pois só assim para os mais conservadores entenderem que todo ser humano é igual, ao menos pelo ponto de vista científico. E que por tanto, não há razão para existir preconceito entre pessoas da MESMA espécie. Que é um absurdo a maior parte da população olhar para os GLS's com desprezo e olhar inferior, não há como descordar. Mas partir daí para receber 'direitos especiais' num país como o Brasil é pedir demais. No Brasil nem mesmo os direitos de cidadão são exercidos (péssimos postos de saúde e educação estadual compravam este fato. Já que todo ser humano tem direito a saúde e educação.) quanto mais pregar direitos adicionais aos homessexuais. Eu discordo.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Choices, one more time.

As coisas chegaram em um ponto em que muitas vezes eu me pergunto se é possível gostar tanto assim de alguém. O que antes não passava de 'mais uma tentativa' virou o maior sentimento que eu já senti. Enquanto a maioria das minhas amigas estão em um momento de ir pra festas e beijar vários, beijar os mesmos meninos... Tudo isso pra mim parece coisa de outro mundo agora. O MEU mundo só existe onde ele estiver. Porque foi nele, que eu encontrei exatamente tudo o que eu preciso para a minha felicidade; encontrei uma companhia para todos os momentos possíveis, e alguém com quem dividí-los, encontrei alguém que me valoriza bem do jeito que eu sou, pela pessoa que eu sou! Encontrei alguém que já me fez chorar de alegria, já me fez rir sozinha ao pensar nos nossos momentos juntos... Encontrei alguém em quem confiar e acreditar da melhor maneira; encontrei meu lugar em seus braços e minha paz em seus beijos.
Deixar tudo isso porque o "correto" para a minha idade seria CURTIR, é hipocrisia. Não é necessário virar arroz de festa com meu grupo de amigas, enquanto eu finjo ser "A" bêbada e "A" top do lugar para curtir... Existem diversos significados e diversas formas de colocar a curtição na ativa. Se eu não tivesse tanta certeza do que eu quero nesse momento, eu certamente já teria ouvido os conselhos mirabolantes de algumas pessoas e caído na tentação da ideia-de-curtição-para-meninas-de-quinze-anos. Mas prefiro fazer o que o MEU coração me manda fazer, e não o que uma massa de pessoas sem amor próprio fazem.
No final, são apenas escolhas. E como fazer escolhas é algo total e exclusivamente pessoal, cada um cuida das suas e procura sua própria felicidade. E é assim que o mundo gira... Ou não?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

FIC - Como eu fiquei famosa e depois perdi tudo – menos você, eu espero.

Desde pequena, eu sonhava com o dia em que eu subiria em um palco e veria uma multidão inteira cantando comigo. Para isso, eu fazia do espelho a minha platéia, da escova de cabelo o meu microfone, e para os momentos de maior empolgação, a cama virava meu palco. Nos almoços de família, eu fazia com que todos assistissem as minhas apresentações cantando, dançando e ainda exigia aplausos.

Com o tempo, eu fui aprendendo que eu não conseguiria nada disso se eu apenas treinasse em frente ao espelho do meu quarto. Eu precisaria de muito mais. Eu precisava de empenho. Por isso, aos onze anos eu entrei no conservatório. Paralelamente, entrei em um curso de teatro, para desenvolver meu carisma. Foram 4 anos de prática até eu compor minha primeira música a ser lançada na internet. Na época, várias pessoas vieram me parabenizar. Isso serviu como um estímulo para que eu continuasse me dedicando.

Com 20 anos – nove anos de estudo e treino – eu resolvi colocar tudo em prática. Procurei alguns contatos importantes e consegui apoio pra gravar algumas músicas. Lancei-as na internet e meu site começou a bombar muito rápido! Vinham elogios de todos os cantos do país, e os convites para aparecer na mídia começaram a surgir. Programas de televisão e de rádio me ligavam para agendar entrevistas, e durante as mesmas, os jornalistas só sabiam me bajular. Meu ego foi às alturas com tudo isso. Então, foi nesse momento que as coisas começaram a tomar um rumo inesperado na minha vida; eu sempre almejei a fama, o sucesso e o glamour, ao mesmo tempo em que eu sonhava com um namorado de personalidade marcante e que fizesse tudo por mim. Bem, agora eu tinha ambas as coisas, só precisa saber administrá-las.

Os meses foram passando, a minha fama só aumentando, a agenda de shows pelo Brasil já estava lotada, e eu já não tinha mais tempo para sair com as minhas amigas. Muito menos de almoçar com os meu pais. Eu tinha deixado tudo de lado pra correr atrás do meu sucesso.

O meu fim na mídia aconteceu como uma bola de neve, eu comecei a viver com a cabeça nas nuvens e os pés bem longe do chão; eu me auto coloquei em um pedestal de ‘estrela’ de onde ninguém conseguia me tirar. Mas isso trouxe reflexos para os meus relacionamentos. Minhas amigas e meus pais começaram a reclamar da minha falta de tempo para eles, assim como meu namorado, que era sempre a segunda opção. A pressão foi tão grande que eu comecei a perder minha inspiração pra compor, e com isso, a gravadora cancelou meu contrato. Novas estrelas foram surgindo na mídia, de modo que eu comecei a ser ofuscada. Investi meu dinheiro em maus negócios, e com isso, além de perder a fama, fui perdendo minha fortuna. De tudo que eu tinha e desejava, a única coisa que me restou foi meu bem mais precioso: o meu namorado. O amor da minha vida.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

To make a promise.

Até que ponto as promessas são válidas? Eu sempre tive uma cobrança muito grande em cima delas... sempre digo que eu costumo cobrar promessas. Bem do tipo: prometeu, cumpriu. Porque afinal, se a pessoa não tem a intenção de cumprir, por que faz uma promessa? Ao invés de dizer 'eu prometo que vou te amar pra sempre' por que não diz simplesmente 'eu vou te amar pra sempre' ? O tempo muda tudo, a vida nos leva pra caminhos inesperados e sempre nos traz novas surpresas... o que dificulta que muitas promessas sejam cumpridas e realizadas por parte que de quem as fez. E assim, a pessoa que 'espera' pelo que foi prometido sempre acaba sofrendo pela angústia e ansiedade.
Triste mesmo é ver algumas amizades se perdendo por aí, ver as tristes promessas se dissoveldo nas novas rotinas. E as frases como 'promete que você não vai esquecer de mim quando fizer novas amizades?' HAHA. Esquecer ninguém esquece assim, da noite pro dia... mas em um conceito geral, são as pequenas atitudes que fazem a diferença, não é mesmo? Se nem mesmo as pequenas atitudes de 'amiga pra amiga' acontecem... o distanciamento é natural.


Flashback:
'Eu já te disse que eu costumo cobrar promessas.'
'E eu já te disse que você nunca vai precisar cobrar de mim. Eu cumpro.'

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Just Another Drama I

Seis e meia da manhã. O barulho estrondoso do meu despertador não poderia deixar que eu esquecesse disso, é claro. Levantei-me, coloquei o uniforme do colégio e fui tomar café da manhã. Até então, nada de diferente: todos já estavam sentados em seus respectivos lugares, comendo e conversando entrei si, como se a minha presença ali não fizesse diferença alguma. Ou como se ninguém fosse capaz de me enxergar. Eu convivo com esse pesadelo a 16 anos, que aliás, é a minha idade. Dezesseis anos é um bom tempo para aprender a lidar com certas situações, eu diria. O problema é quando elas se intensificam com o tempo, a ponto de te enlouquecer. Mas, não vamos pular etapas.

Sentei no meu lugar, preparei meu pão e comi em silêncio como em qualquer outra manhã. Antes de sair para trabalhar, minha mãe olhou pra mim com olhar agitado e disse rapidamente: “Se apresse ou você vai se atrasar, Daniela.” Nada como ser bem recepcionada, não é mesmo? Terminei de comer às pressas, fui até meu quarto e coloquei meus gastos all star vermelhos de qualquer jeito, nem os cadarços eu amarrei. Peguei minhas apostilas, meu estojo e saí de casa correndo até o elevador. A sensação de nervosismo que eu sinto ao entrar no mesmo, me desconcerta de um modo que nem eu mesma sem explicar. É uma sensação de medo, de angústia, ansiedade... tudo isso misturado e muito forte. Só pelo medo de (re) encontrá-lo no saguão do prédio como fazíamos e fizemos todas as manhãs durante um ano e meio. É.

Ir para a escola era outro problema, afinal, o que antes era um prazer pra mim, tornou-se nada mais do que obrigação. Eu já não tenho vontade de me dedicar aos estudos, assim como não tenho vontade de me dedicar a qualquer outra coisa que venha a aparecer. Além de ser ignorada em casa, esse “feito” tornou-se característica das minhas amigas também. Se é que eu posso chamá-las assim. Parece que a Lei de Murphy gostou muito de mim a ponto de não me abandonar mais. "Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará". Depois que a primeira coisa deu errado pra mim, o resto foi caindo em consequência… E agora aqui estou eu, nesse pequeno inferno que eu tento chamar de vida.

Quase perdi o primeiro sinal de entrada. Sentei na minha mesa de sempre, enconstada na parede e nem tão perto da lousa assim. A primeira aula era de Química, algo totalmente animador para uma segunda-feira pós Carnaval. A classe toda estava pegando fogo, novidades voavam de todos os cantos, cada um queria falar mais alto do que o outro sobre sua viagem, sua micareta, sua festa e etc. Enquanto pra mim, o Carnaval nada mais tinha significado do que ficar no meu quarto, deitada na cama, olhando pro teto, com o mp3 no ouvido, escutando músicas depressivas. Sim, Damian Rice bombou no meu Carnaval, assim como a solidão.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Hey, High School.

A um ano atrás, eu me lembro de acordar pensando em como seria meu primeiro dia de aula na minha velha escola, com meus velhos amigos, e minha velha rotina. E por mais velho que tudo aquilo fosse, era sem dúvidas o melhor que eu poderia esperar e viver com meus quase 15 anos. É fato que eu ansiei tanto pela volta as aulas por ser meu último ano no Ensino Fundamental, o ano da formatura, dos trotes, da viagem da turma! Não tinha como criar uma expectativa diferente. Mas frequentar aquele lugar já não me causava mais frio na barriga, eu não tinha mais 'sede de descobertas'... chegou um momento em que, tudo parecia igual, ou talvez normal demais. Eu não via a hora de o ano acabar pra (re)começar minha vida em outra escola no Ensino Médio. E agora, a menos de 24 horas do meu primeiro dia de aula em uma escola nova, longe de algumas melhores amigas, de vários professores maravilhosos, e do meu ambiente de (quase) paz chamado Vita et Pax, eu vejo que por enquanto nenhuma ansiedade tem me dominado. Nenhuma frustração... Nada. Só espero que eu goste das novidades e aproveite da mesma forma que eu aproveitei minhas outras fases.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Wind's Head.

Um dos meus maiores problemas ultimamente tem sido não pensar antes de fazer. E engraçado que eu sempre aconselhei as pessoas a não fazerem isso. As minhas brigas e discussões mais constantes têm acontecido exatamente por culpa desta atitude. Falo sem pensar, e acabo falando merda pra quem não merece ouvir, hajo por impulso e acaba virando um arrependimento depois... e antes que TUDO isso vire uma bola de neve maior do que está virando, eu tenho que rever meus conceitos e tenho que voltar a ser como antes. 'Você é desligada, mas sabe separar o certo do errado.' Essa é a questão. Não deixar minha cabeça de vento me fazer passar por inocente, burra. Não deixar que isso mude quem eu sou. É.

domingo, 24 de janeiro de 2010

About movies.

Depois de ver "Uma Prova de Amor" (My Sister's Keeper) pela segunda vez, a certeza de que eu quero fazer a diferença só cresceu em mim. A história é linda, do tipo que te faz pensar em como você exagera na dose de drama dos teus problemas pessoais, como: 'ai, meu cabelo tá horrível hoje. Quero morrer.' q ; ou 'preciso de sapatos novos urgente, assim eu não posso sair de casa'. É, depois de ver o drama de uma adolescente que sofre de leucemia desde pequena e que praticamente vive no hospital devido a suas quimioterapias, que aliás, a deixaram careca... Bom, só uma pessoa muito acéfala para não se sensibilizar e pensar que existem sim, problemas maiores do que os que te cercam. Sempre gostei de dramas e talvez essa a razão seja essa: porque eles me fazem ver o quanto podemos nos cegar com os nossos complexos a ponto de não perceber que existe um mundo inteiro lá fora com pessoas passando por situações mil vezes piores do que as nossas. Falando sobre esse caso de adolescente com leucemia, eu lembrei da Jamie Sullivan, personagem de Mandy Moore em "Um Amor Pra Recordar" (A Walk To Remember); outro drama, mas desta vez relacionado a romance. E este filme, por sinal, é o meu preferido. Já perdi a conta de quantas vezes eu o assisti até decorar algumas falas...
Em ambas as histórias, os filmes fugiram do óbvio normalmente mostrado em tramas 'mamão com açúcar' em que desde o começo você já sabe que a mocinha e o mocinho vão acabar juntos, passando por todos os obstáculos e, pff. Too obvious. Bem, esses filmes têm final surpreendente e te prendem na história de tal forma que, até os mais insensíveis estão propícios a derramar algumas lagrimizinhas inocentes.

Para saber mais:

http://www.youtube.com/watch?v=_7AWSCnf6Zk&feature=player_embedded (Cenas de "Um Amor Pra Recordar")
http://www.youtube.com/watch?v=VGNmOAaRyKQ (Trailer de "Uma Prova de Amor")

domingo, 17 de janeiro de 2010

Words about you. About us.

Hoje pode ser um dia normal pra alguns, um domingo entediante como qualquer outro.. mas para mim, é mais um dos dias que eu fico perdida procurando respostas para minha estupidez. Há mais de um mês com alguém que mudou completamente a minha vida e que tem me feito me sentir a pessoa mais especial desse mundo.. e diaramente, eu consigo fazer com que essa pessoa duvide do que eu sinto, faço com ela se sinta insegura e pior ainda, acho que eu sou a grande causadora de todas as brigas que nós já tivemos. É. Palmas pra mim. E todas as vezes eu acabo me perdendo no meio de tantos pensamentos. É de dar raiva. É agoniante. Causar dor e insegurança justamente na pessoa que eu mais quero que seja feliz... e que seja feliz ao meu lado. Eu sinto que cada vez mais eu faço com que ele se afaste de mim, e o meu maior medo agora, é do dia em que ele realmente cansar de tanta merda e resolver me deixar. Há quatro dias atrás eu tive essa sensação, e eu juro, aquilo me sufucou de um jeito que... eu nem sei explicar. Um beijo com gosto de despedida e um abraço modelado para um ‘adeus. ‘ Lágrimas, soluços, desespero. Eu rezo todos os dias por ele, e por nós dois.. mas às vezes eu acho que só o ato de rezar e pedir a Deus não é suficiente se eu não fizer a minha parte. De nada adianta pedir para ser feliz, sem correr atrás da minha felicidade, assim como, de nada adianta pedir por ele, sem de fato fazer com que ele seja meu. Amar e me entregar desse jeito a alguém eram planos e pensamentos que eu guardava para um momento bem lá na frente na minha vida. Mas agora me veio a certeza de que eu preciso dele, talvez mais do que qualquer outra coisa que eu tenha agora.. talvez ele seja meu Sol, meu ar, meu eu. E AGORA está mais do que na hora de fazer com que ele perceba isso. Está mais do que na hora de correr atrás do que mais me importa. É isso.