quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Choices and paths.

Acabo me sentindo perdida quando vejo a vida levando pessoas com quem eu me importo para longe de mim. Mas talvez culpar a vida seja apenas uma fácil maneira de não listar e encarar os reais problemas pelos quais essas pessoas (essa, pra ser mais exata) tem ido embora.
Em um contexto onde suas escolhas podem significar tudo, não deveria mais ser tão assustador ter que se deparar com as consequências das mesmas. E dói saber que nada do que eu faça pode ajudar a mudar o seu caminho e que do nada do que eu fale poderá fazê-la ouvir e entender, e muito menos tirá-la dessa. É como se ela estivesse sozinha no mundo, não por falta de ajuda ou por não ter ninguém por perto, mas por renegar a todos que estiveram dispostos a ficar do seu lado. Por não ser capaz de dar valor aos que se sacrificaram por ela, e jogar pela janela todos os anos de luta e convivência. É, são escolhas...
Dói mais ainda saber que seu caminho não tem mais volta e que desperdiçar um futuro dessa forma é ignorância. Aliás, foi ignorância aliada a imaturidade e irresponsabilidade que te levaram até aí. Mas nunca coube a mim apontar os seus erros e defeitos, mas acho que em primeiro lugar você deveria pensar no melhor pra você. Mas tá, eu só queria que você de alguma forma soubesse que cada uma das suas "partidas" me arrasa de um jeito diferente; e apesar dos nossos problemas, você sempre me faz muita falta e me deixa morrendo de saudades. Eu realmente espero poder te receber de volta, mais uma vez.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Nosso Recanto.

NR foi muito bom. esses 4 dias estão entre os melhores que eu já passei com vocês. Oito anos juntos, oito anos esperando por essa viagem. E a gente tem tanta coisa pra contar, as festas, os almoços e jantares, o grupo falido, andar de caiaque com a marina procurando o fotógrafo e quase caindo no lago; ficarmos todas vermelhas e ardendo; rir muito e de tudo; conhecer pessoas novas; se acabar nas festas; aproveitar os momentos com a galera da escola; correr dos patos; se sujar de lama; gritar/cantar até ficar sem voz; micareta; ser picada por abelhas; arrumar par na última hora pra noite de gala; e o melhor: final da festa de gala, o vídeo de encerramento passando e as primeiras lágrimas brotando. Todo mundo se abraçando e segurando a emoção. E no fogo de conselho a galera se derretendo aos prantos ao ouvir as coisas sobre separação e despedida. Todo mundo se desculpando e se acertando apesar de todos os errinhos e brigas idiotas. Os abraços apertados, as palavras sinceras, foi tudo lindo. Ver os nossos meninos não resistirem e chorarem junto com a gente não teve preço. E entregar um pedacinho de algodão representando o nosso 'carinho' em nome de todos foi muito lindo também; enquanto isso o pessoal das outras escolas olhando pra gente estranhando tudo aquilo, acho que o nosso clima de união sempre foi muito grande e talvez a nossa história seja mais forte... já que crescer com cada um ali trouxe uma proximidade muito grande pra todos; e eu tenho o maior orgulho em dizer o quanto vocês foram/são importantes na minha vida, o maior orgulho em dizer que foi com vocês que eu cresci e passei os melhores anos da minha vida. São sem dúvidas a minha segunda família. E eu vou levar um pedaço, uma lembrança de cada um comigo aonde quer eu vá.
Enfim, OBRIGADA por tudo. Não só por essa viagem, mas por todos esses anos juntos. Vocês são meu alicerce, minha base, meu tudo. E eu amo vocês demais, chega a ser absurdo. E isso sim, eu sei que é pra sempre. Isso ninguém tira de mim.

sábado, 17 de outubro de 2009

Starting to say goodbye.

Praticamente oito anos esperando por essa viagem de formatura, e já é amanhã. Mesmo com os pequenos problemas causados pela pandemia da gripe suína, mesmo com a viagem sendo quase cancelada e depois adiada, mesmo com um dia a menos do que o planejado, mesmo com todos os poréns minha expectativa nunca diminuiu. E agora eu sei que vai ser difícil pegar no sono com tanta ansiedade. Serão apenas quatro dias mas que eu farei o máximo para que tudo seja aproveitado da melhor forma possível, já que depois disso, todos seguirão caminhos diferentes, começarão a traçar novas metas e nossos momentos - como o NR - ficarão apenas nas recordações mais carinhosas. Até o final desse ano eu faço um texto decente agradecendo tudo e todos por esses oito anos... mas como ainda tem o nosso churrasco, alguns trotes, colação de grau e formatura, eu vou esperar um pouco mais.
Enfim, tudo isso foi pra dizer que eu estou indo viajar com a escola, que eu estou absurdamente ansiosa e que eu espero que dê tudo certo. Que nenhum imprevisto nos pegue de surpresa e que a união prevaleça. Tudo muito clichê, mas é verdadeiro.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sem título, por enquanto II.

Segunda parte.

O sol começava a entrar pelas frestas abertas da janela do meu quarto. Eu queria me levantar e fechar a cortina, mas meu corpo inteiro doía. Não era capaz de esticar nem os dedos do meu pé; parecia que alguém havia me amarrado na linha do trem e que ele havia passado por cima de mim com toda a carga e velocidade possíveis. Minha cabeça doía tanto que eu mal conseguia abrir meus olhos. Então não fiz mais menção de abri-los, puxei a coberta até a testa, virei pro lado e ERGH. Agora meu corpo quebrado doía duas, três vezes mais do que antes. Só alguém tão inteligente quanto eu para pensar em me virar pro lado, quando até abrir os olhos doía. Parabéns pra mim, parabéns pra mim, parabéns pra mim, fiquei repetindo em pensando até que eu cochilei novamente. Aliás, acho que cochilar é uma palavra fraca demais, já que quando eu consegui acordar, o céu lá fora estava escuro e eu conseguia ouvir as buzinas dos carros e o acelerar das motos. Provavelmente, as pessoas estavam começando a sair de suas casas agora, para mais uma grande night na grande Floripa.
Agora meu corpo já não doía tanto. Sentei-me na cama, joguei as cobertas pro lado e me espreguicei. Meus olhos encontraram o relógio no criado-mudo que marcava 22:22. Coincidência? Eu ainda teria tempo de fazer um ‘make-a-wish’. Pensei, pensei, pensei e ‘done’. Levantei e quando dei meu primeiro passo, ERGH, senti meu corpo todo dolorido de novo. Depois de tomar tanta chuva na véspera, eu havia prometido a mim mesma que nunca mais sairia de casa sem um guarda-chuva.
Parecendo uma velha dependente de bengalas, andando sem bengalas, eu consegui chegar até a sala. Sentei no sofá e por pouco não desabei de novo. Só não o fiz porque o barulho que vinha do meu estômago era alto demais e com certeza atrapalharia meu sono. De novo me esforcei para ficar de pé, e fui até a cozinha. Abri a geladeira e logo percebi que eu só tinha uma garrafa de água quase vazia, um pacote de bolachas recheadas pela metade e uma garrafa de refrigerante que provavelmente já não tinha gás nenhum. Bufando de raiva, comecei a revirar a cozinha até que achei um pacote de miojo. Não era exatamente o que eu esperava comer agora, mas pelo menos, era melhor do que ter que sair de casa e ir fazer compras. Só a idéia já fazia meus músculos latejarem bruscamente. Assim que o macarrão instantâneo ficou pronto, coloquei meu prato em cima de uma almofada, sentei no sofá e comecei a devorar tudo; o gosto não estava dos melhores, afinal minha pressa foi tão grande que deixou a comida semi crua, mas a fome era tão grande que eu nem me importava. Não fiz as contas, mas aparentemente em três minutos eu acabei com a panela inteira. Deixei o prato de lado e liguei a TV.
Fiquei mudando os canais até achar um filme que parecia ser legal. Fui assistindo e me distraindo até que as cenas começaram a virar um romance meloso e piegas, e que, inevitavelmente me fez lembrar do que estava tentando reprimir durante essas 24 horas de sono profundo.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Olimpíadas Rio-2016




Vamos lá, tratar de um assunto que tem sido muito comentado e foi parar no Trending Topics milhares de vezes - não que isso tenha muito fundamento, mas enfim.
Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, representando o Brasil e sediando os jogos olímpicos de 2016. E assim como a notícia de que vamos sediar a copa do mundo em 2014, eu fico feliz como cidadã brasileira, mas não que eu seja completamente patriota e apaixonada pela nação. Mas ao mesmo tempo que eu vejo essas notícias contente pelo nosso Brasil, eu penso em tudo que a nossa população passa diariamente e pesando os argumentos, concluo que temos muito mais com que nos preocupar.
Explicando, em um país onde 10% da população é anafalbeta e 30% são considerados alfabetizados por saberem no mínimo assinarem seus nomes, um país onde os investimentos na educação quase não são percebidos, onde o Governo mostra não se interessar pelo futuro, já que ele se encontra principalmente pela educação, e aqui, ela está cada vez mais decante, isso pra não dizer que está esquecida.
Um país onde falta muito pela saúde da população, sendo que os postos públicos não contam com profissionais de qualidade (isso quando TEM profissionais trabalhando por lá.) e os pacientes são obrigados a enfrentarem horas em filas para serem - ou não - atendidos, e mesmo assim, a consulta deixa a desejar. Muitos são os que morrem nas filas ou vêem seus casos se agravarem devido a cansável espera.
Um país onde a violência, tráfico de drogas, assassinatos, crimes, roubos são mostrados diariamente nos telejornais. Que ainda não consegue ver o fim de luta contra a violência nas ruas, já que até mesmo os policias de hoje em dia estão muitas vezes agregados aos próprios infratores da lei.
Com dados básicos e de conhecimento simples, é possível perceber - ao menos do meu ponto de vista - que enquanto temos tantas batalhas pela frente deveríamos nos preocupar primeiramente em vencê-las, e depois em sediar eventos de grande porte, tais como Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016).
É certo que o Brasil está em um bom momento de estabilidade econômica e que isso trouxe vantagens para que fôssemos escolhidos, mas então, se estamos tão estáveis economicamente, por que não revertemos todo esse 'sucesso econômico' para os nossos compatriotas que aqui não tem onde morar, não tem o que comer, não tem acesso à educação, tampouco à saúde e empregos? Uhul Brasil. Olimpíadas nos aguardam, heim. Qual é ¬¬

(ps.: Sei de alguém que vai querer me matar quando ler isso, né dona Anita Yumi. HAHAHA. Não fique brava comigo :x)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Triste setembro?

Nunca entendi o porquê dessa abordagem em volta do mês de setembro. Há várias canções falando dele, como por exemplo, Wake Me Up When September Ends do Green Day, em que Billie lamenta a perda do pai, que morreu justamente nesse mês. Em A Lonely September do Plain White T's, o próprio título da música justifica seu conteúdo, que retrata a solidão de um homem, sem a mulher que ele ama, durante o mês de Setembro. Mariana's Trench também tem uma música citando esse mês, com o título de September onde também não fala de nenhuma grande comemoração no mês. E tem também Setembro da nacional Hevo84, que retrata solidão e ausência em um contexto de desilusão amorosa.
Pra mim sempre foi muito estranho ouvir essas canções depressivas falando de um mês que pra mim é o mais esperado do ano. Sempre foi. Afinal, é o mês do meu aniversário; e nele ocorre a troca de estações entre o delicioso inverno - tudo bem que o inverno brasileiro não tem nada de muito gostoso, e o de Ribeirão Preto então, nem se fala - e a colorida e já quente primavera.
E agora eu vejo mais um mês de Setembro se dissipar no nosso calendário; Em 2009 pra mim, esse mês representou a expectativa de completar 15 anos, veio cheio de provas e por isso exigiu muita dedicação da minha parte, mas também veio cheio de amizades. Quer dizer, várias amizades se firmando e se tornando mais especiais.
Mas que agora venha Outubro, e que venha com tudo. Só de pensar que em poucos dias, 91 pra ser exata, já estaremos trocando de calendário eu já fico atônita.
Concluindo, não, setembro não veio pra ser um mês triste. Pelo menos nunca foi assim comigo e não há de ser. Eu espero.