terça-feira, 22 de setembro de 2009

Por dias um pouco mais verdes.


Eu ainda lembro de uma manhã, em meados de 2004, quando eu estava assistindo ao TVZ como de costume antes de ir para a aula. E de repente, uma banda chamou minha atenção. Era um trio, na verdade. Formado por um vocalista que aparentemente usava lápis nos olhos, um cinto de rebite combinando com o justo jeans preto e uma gravatinha vermelha por cima da camisa. Um baixista de regata preta, munhequeiras, cabelo um tanto quanto despenteado e muita atitude. O baterista, um cara baixinho e gordinho também usando uma gravata por cima da camisa, mas a sua era branca, cabelo penteado pra cima e uma agitação fora do comum. Logo nos primeiros minutos do tal clipe ele é avistado dando voltas na bateria e tocando alguns pratos enquanto isso. Hilário.
Nos primeiros instantes eu fiquei apenas observando e pensando "Qual é a desses caras?", afinal, para uma criança de 10 anos aquilo era mesmo surpreendente. Num contexto onde o rock parecia estar se degradando, surgem novamente na mídia esses três ícones cantando sobre a alienação do povo norte-americano.
Logo depois eu descobri que o nome dessa banda era Green Day, e seus integrantes, respectivamete citados, Billie Joe Armstrong, Mark Durt e Tré Cool.
Com o tempo eu fui sendo conquistada por eles de um jeito que nenhuma banda havia feito comigo antes. Comecei a me interessar por suas vidas, sempre atrás de informações novas, e eles começaram a me influenciar e me fazer ver as coisas de um jeito totalmente novo. Enquanto a maioria das minhas amigas gostavam de artistas como Rouge, Kelly Key e Britney Spears, eu e mais uma amiga éramos vistas como loucas por gostarmos de uma banda como Green Day. E essa paixão não foi exatamente apoiada pelas mães, já que mãe nenhuma no mundo gostaria de ver suas filhas babando ovo por uma banda com nome cujo significado 'Dia Verde' simboliza um dia com maconha rolando solta entre os integrantes, e cantando versos como "Cigarettes and ramen and a little bag of dope. I am the son of a bitch and Edgar Allan Poe" (Trecho de St.Jimmy).
Mas é fato que o Green Day voltou a seus dias de glória num momento em que surgiam as bandas de rock melódico, vulgo emo hoje em dia, em que as letras vinham carregadas de sentimentos e emoções profundas... Enquanto o trio old preenchia seus versos com revoltas políticas, indignações, pautas sobre a sociedade, críticas, algumas emoções e muitos palavrões. Quando lançaram o álbum American Idiot, não sobrou muito espaço para as outras modinhas do momento, eles levaram vários VMAs, Grammy, músicas e clipes mais tocados, capas de revistas, matérias pra tudo quanto é lado... Só dava eles.
E por algum tempo, eles foram as razões dos meus sorrisos. Não digo que esse amor morreu com o tempo, ou que se degradou. Eu apenas o parei de alimentar e fui deixando esquecido. Mas nunca morto. Jamais. E eles sempre voltam pra mim; de uma forma ou de outra, esse amor sempre tem um recomeço e a cada nova vez ouvir as músicas acaba se tornando mais prezerozo.
Agora com CD novo e muitos projetos rolando solto, os quase quarentões do Green Day vão provar mais uma vez a que vieram. E enquanto isso, eu continuo me surpreendendo com a capacidade para as composições.
Há 4 anos fazendo a minha cabeça e quem sabe por quanto tempo mais. That's it.

Um comentário:

  1. CARALHO, Luiza de deus!
    Parou de escrever por umas semanas (pelo menos de postar)mas voltou com tudo hein.
    ai ai *piscou* que orgulho.

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