De fato, não estava nos planos se apaixonar tão intensamente. Agora, mais do que nunca, ela conseguia entender a importância das promessas e das declarações. Ela sabia que a distância ou qualquer tipo de separação a destruiria em questão de segundos. Do jeito que as coisas estavam, o mundo dela só existiria na condição de que ele estivesse ao seu lado. Pra sempre.
Com relutância, levantava-se de sua cama, tendo que deixar de lado as camadas de cobertores que antes a esquentavam; foi até a cozinha e começou a preparar um sanduíche. Enquanto isso, tinha em sua mente flashes dos últimos meses em que viveu exclusivamente ao lado dele. Não havia nada capaz de estragar sua felicidade matinal nesse momento. Quer dizer, quase nada.
Em uma fração de segundo, o telefone começou a tocar. Pensando que fosse apenas mais uma ligação qualquer de alguma empresa de telemarketing, andou tranquilamente e a passos leves até tirar o telefone do gancho e ouvir a voz do outro lado da linha:
- A Marina está? - uma voz desesperada perguntava.
- Sim, sou eu..
- Marina, aqui é o irmão do Carlos. Estou ligando pra dizer que ele.. - suas palavras foram interrompidas pelo seus próprios soluços.
- Ele o que?
- O Carlos sofreu um acidente, Marina. Ele morreu.
Fim da ligação.
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