sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Paper Heart.

É. Enquanto alguns vivem sentimentos vindos de um coração de pedra e outros de um coração 'mole', o meu seria um coração de papel. Sim. De Papel. Afinal, quantas já não foram as vezes em que eu o apaguei e o reescrevi? Quantas vezes ele já não fora amassado e desamassado? Reciclado e renovado? Um coração feito de algumas linhas escritas a traços leves, fracos, de modo que seu conteúdo, mas precisamente, as pessoas representadas por eles, sejam levadas e afastadas. Outras linhas são escritas a traços bem fortes, nítidos, representando as pessoas inesquecíveis, que dificilmente serão apagadas por qualquer que seja a situação, e os clássicos imprevistos como tempo e distância. Representam as pessoas que marcaram esse papel de um modo tão profundo, que ao menos seus vestígios permanecerão por ali, de um jeito ou de outro. E há também as linhas em branco, aguardando para serem preenchidas. Aguardando para serem parte dos traços leves, ou dos traços fortes. Mas isso, só será ditado pelo destino e seus caminhos.

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